Efeito do tabagismo nas células de Langerhans e Dendríticas em indivíduos com gengivite crônica

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Introdução: Resultados contrastantes têm sido descritos na literatura considerando a contagem das células dendríticas (CD) na doença periodontal. Embora o fumo diminua o número de CD no tecido pulmonar, ainda não foi investigado o efeito do hábito de fumar nas células de Langerhans (CL) e CD na gengivite crônica. Métodos: Amostras gengivais de indivíduos com gengivite crônica foram obtidas de 30 pacientes, fumantes (F) e não-fumantes (NF). A técnica imunoistoquímica foi utilizada para identificar as CL imaturas (CD1a+) e CD maduras (CD83+). O infiltrado inflamatório foi avaliado e contado. A densidade de células (número/mm2) foi calculada no epitélio bucal (EB), epitélio do sulco (ES) e lâmina própria (LP) para as células CD1a+ e na LP para as células CD83+. Estes resultados foram comparados entre os grupos. Este estudo avaliou se um maior número de cigarros e o tempo do hábito do fumo afetaram a densidade de células. Foram feitas correlações entre as densidades de CL e CD com densidade do infiltrado inflamatório, número de cigarros e tempo do hábito de fumar. Resultados: As densidades do infiltrado inflamatório e das células CD1a+ do ES e da LP foram significativamente menores para os fumantes do que para os não-fumantes (p<0,05). O mesmo não foi observado para as células CD1a+ do EB e células CD83+ da LP. O número de cigarros e tempo do hábito de fumar não afetaram a densidade de células. Não houve correlação significativa entre a densidade de CL, CD com infiltrado inflamatório, número de cigarros e tempo do hábito de fumar. Conclusões: O hábito de fumar afeta a distribuição das CL e CD na gengivite crônica. Estes resultados podem explicar em parte diferenças na progressão da doença periodontal entre F e NF.

ASSUNTO(S)

tabagismo células dendríticas

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