Efeito do fluor e de alguns metais na atividade de proteinases da matriz esmalte in vitro
AUTOR(ES)
Raquel Fernanda Gerlach
DATA DE PUBLICAÇÃO
2000
RESUMO
O esmalte dental é um tecido epitelial altamente mineralizado, que recobre os dentes dos vertebrados. Em contraste com os tecidos mineralizados conjuntivos, os cristais no esmalte não são depositados sobre uma matriz rica em colágeno, mas crescem concomitantemente à remoção da maioria das proteínas da matriz do esmalte, as quais são gradualmente degradadas durante a mineralização. Existem múltiplas evidências para um papel importante das proteases presentes na matriz do esmalte nesta degradação. A inibição da atividade de proteases presentes no esmalte poderia comprometer a perfeita mineralização do esmalte. Neste trabalho testou-se in vítro o efeito de flúor e de alguns metais na atividade de proteases presentes na matriz do esmalte. Três ensaios foram utilizados: um ensaio de ativídade enzimática usando um substrato colori métrico (azocaseína), um ensaio de degradação de proteínas estruturais do esmalte e zimografia. Os resultados mostraram que o flúor (625 uM to 10 mM) não exibe efeito inibitório sobre a atividade das proteases, o que é um dado relevante para a discussão dos possíveis mecanismos patogênicos da fluorose dentária. Os resultados da inibição com alguns metais revelaram que zinco, cádmio e chumbo têm um efeito inibitório em concentrações de até 110 uM. Estes últimos resultados são interessantes à medida em que se sabe que estes metais são incorporados ao esmalte durante o desenvolvimento em concentrações que refletem a exposição durante a formação dos tecidos dentais, e, ainda, porque existe uma associação ainda não explicada entre aumento de cárie e exposição a metais pesados, particularmente cádmio e chumbo
ASSUNTO(S)
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000205822Documentos Relacionados
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