Efeito de dois protocolos de controle glicêmico diferentes sobre a disfunção cognitiva após cirurgia de revascularização do miocárdio
AUTOR(ES)
Kurnaz, Pinar, Sungur, Zerrin, Camci, Emre, Sivrikoz, Nukhet, Orhun, Gunseli, Senturk, Mert, Sayin, Omer, Tireli, Emin, Gurvit, Hakan
FONTE
Rev. Bras. Anestesiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-06
RESUMO
Resumo Introdução: A disfunção cognitiva pós-operatória (DCPO) é um resultado adverso cirúrgico que é mais comum após cirurgias cardíacas abertas. O objetivo deste estudo foi investigar o papel dos níveis de glicose no sangue rigorosamente controlados durante a cirurgia coronariana no declínio cognitivo precoce e tardio. Métodos: Foram randomizados em dois grupos 40 pacientes acima de 50 anos e submetidos à cirurgia coronariana eletiva. No grupo "controle rigoroso" (GI), a glicemia foi mantida entre 80-120 mg.dL-1; enquanto no grupo "liberal" (GII), variou entre 80-180 mg.dL-1. A bateria de testes neuropsicológicos foi feita três vezes: fase basal, antes da cirurgia e na primeira e 12ª semana de acompanhamento no pós-operatório. DCPO foi definida como uma queda de um desvio padrão da fase basal em dois ou mais testes. Resultados: Na primeira semana de pós-operatório, os testes neurocognitivos mostraram que 10 pacientes no GI e 11 pacientes no GII apresentaram DCPO. A incidência de DCPO precoce foi semelhante entre os grupos. No entanto, a avaliação tardia revelou que a disfunção cognitiva persistiu em cinco pacientes no GII, enquanto nenhum paciente foi classificado como cognitivamente prejudicado no GI (p = 0,047). Conclusão: Sugerimos que o controle glicêmico rigoroso no perioperatório de cirurgia coronariana pode desempenhar um papel na prevenção da deterioração cognitiva persistente.
ASSUNTO(S)
controle glicêmico disfunção cognitiva cirurgia de revascularização do miocárdio
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