Efeito da L- alanil âglutamina sobre as alteraÃÃes pulmonares agudas induzidas em mÃdulo experimental de trauma muscular / L-ALANYL-GLUTAMINA IN EXPERIMENTAL MODEL OF ACUTE LUNG INJURY INDUCED BY SKELETAL MUSCLE TRAUMA

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/12/2010

RESUMO

Nesse estudo procurou-se validar um modelo de lesÃo aguda pulmonar (LAP) induzida por um trauma muscular cirÃrgico que tenta reproduzir as condiÃÃes de um trauma muscular esquelÃtico que ocorre em seres humanos e com isso proporcionar um melhor entendimento da doenÃa e das suas alternativas de tratamento. Na primeira etapa foi avaliado o efeito do modelo experimental. Trinta e seis ratos machos Wistar, com peso mÃdio de 250g, foram distribuÃdos em 6 grupos. Grupo Salina (n=6): os animais receberam apenas 2 ml de salina (i.v.) nos mesmos tempos do grupo salina e trauma; Grupo Salina e trauma (n=6): os animais receberam salina 30 minutos antes do trauma muscular e novamente Ãs 6 e 12 horas depois do trauma. Grupo Dexametasona (n=6): os animais receberam 2 doses de Dexametasona 2mg/kg i.p. nos mesmos tempos do grupo Dexametasona e trauma; Grupo Dexametasona e trauma (n=6): os animais receberam 2 doses, 2 horas antes da ocorrÃncia do trauma e 10 horas depois do trauma, esse grupo foi utilizado como controle positivo. Os procedimentos cirÃrgicos foram realizados sob anestesia tribromethanol 2,5% (1 ml/100g de peso do animal). A operaÃÃo de induÃÃo do trauma foi realizada na coxa do animal e toda musculatura foi descolada desde o joelho atà a articulaÃÃo do quadril. ApÃs 24 h do trauma, retiraram-se os pulmÃes para avaliar mieloperoxidase (MPO), glutationa (GSH), infiltraÃÃo neutrofÃlica, congestÃo, edema, necrose e hemorragia. No plasma foi dosado apenas GSH. Observou-se que o trauma muscular mostrou ser capaz de induzir LAP por promover uma reduÃÃo significante GSH (8,53  1,22 versus 18,87  7,35 p <0,01), aumento significante na atividade de MPO (23,96  4,86 versus 24,50  7,45 p<0,001), do infiltrado neutrofÃlico (71,00 versus 19,64  28,50  7,63 p <0.001), no grau de congestÃo, edema, necrose, hemorragia (p<0,01), quando comparamos com grupo salina sem trauma. No grupo Dexametasona e trauma quando comparado ao grupo salina e trauma, a Dexametasona um inibidor do gene inflamatÃrio, foi capaz de modular a resposta inflamatÃria em quase todos os parÃmetros avaliados. Posteriormente avaliou-se o efeito da L-alanil-glutamina (L-Ala-Gln) sobre a lesÃo aguda pulmonar induzida por trauma muscular cirÃrgico. 24 h apÃs o trauma comparou-se o grupo tratado com L-Ala-Gln e trauma (n=6) com o grupo salina e trauma e verificou-se que a L-Ala-Gln promoveu uma reduÃÃo estatisticamente significante na infiltraÃÃo neutrofÃlica (71,00 versus 19,64  28,50  7,63 p <0.001), na atividade de MPO (23,96  4,86 versus 12,90  2,01, p <0,001), e um aumento significante na concentraÃÃo de GSH (36,79  7,31 versus 8,53  1,22 p <0,001) no pulmÃo. Na avaliaÃÃo histopatolÃgica tambÃm foi observada uma reduÃÃo significante (p<0,01) no grau de edema, hemorragia e necrose no tecido pulmonar nos grupos acima avaliados. Os possÃveis mecanismos para justificar os efeitos da L-Ala-Gln em modular a resposta inflamatÃria no pulmÃo deve-se ao fato da glutamina ser precursora de glutationa, funciona como substrato energÃtico para cÃlulas do sistema imune, aumenta as expressÃes de proteÃnas de choque tÃrmico (HSP) e impede a infiltraÃÃo neutrofÃlica. Esses resultados sugerem que o tratamento com L-Ala-Gln tem potencial para reduzir o processo inflamatÃrio agudo no pulmÃo induzido por trauma muscular esquelÃtico cirÃrgico.

ASSUNTO(S)

fisioterapia e terapia ocupacional lesÃo pulmonar cirÃrgia glutamina ratos lung injury surgery glutamine rats

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