Efeito da implantação de um protocolo assistencial de asma aguda no serviço de emergência de um hospital universitário
AUTOR(ES)
Rocha, Pérsio Mariano da, Fernandes, Andréia Kist, Nogueira, Fernando, Piovesan, Deise Marcela, Kang, Suzie, Franciscatto, Eduardo, Millan, Thaís, Hoffmann, Cristine, Polanczyk, Carísi Anne, Barreto, Sérgio Saldanha Menna, Dalcin, Paulo de Tarso Roth
FONTE
Jornal Brasileiro de Pneumologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-04
RESUMO
INTRODUÇÃO: Existe grande variabilidade de prática clínica no tratamento da asma aguda na sala de emergência, o que interfere na qualidade de atendimento. OBJETIVO: Avaliar o efeito da implantação de um protocolo assistencial de asma aguda no Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. MÉTODO: Estudo transversal, antes e após a implantação do protocolo assistencial de asma aguda no setor de adultos (idade > 12 anos) do referido serviço, avaliando o efeito das recomendações sobre a avaliação objetiva da gravidade, solicitações de exames, uso de terapêutica recomendada, uso de terapêutica não-recomendada e desfechos da crise. RESULTADOS: Na fase pré-implantação, foram estudados 108 pacientes e, na fase pós-implantação, 96 pacientes. Houve aumento na utilização da oximetria de pulso (de 8% para 77%, p < 0,001) e do pico de fluxo expiratório (de 5% para 21%, p < 0,001). Ocorreu aumento na utilização de recursos radiológicos (de 33% para 66%, p < 0,001) e de hemograma (de 11% para 25%, p = 0,016). Houve aumento no número de pacientes que receberam as três nebulizações preconizadas para a primeira hora de tratamento (de 22% para 36%, p=0,04). Embora a utilização geral de corticóide não se tenha modificado, houve aumento no uso de corticóide oral (de 8,3% para 28%, p < 0,001). Não houve alteração significativa na utilização de medidas terapêuticas não-preconizadas, no tempo de permanência na sala de emergência, nem nas taxas de internações e de altas. CONCLUSÃO: A aplicação do protocolo assistencial de asma aguda na sala de emergência obteve efeito positivo, com maior utilização de medidas objetivas na avaliação da gravidade e de medidas terapêuticas recomendadas, porém não teve repercussão sobre tratamento e desfechos.
ASSUNTO(S)
protocolos clínicos asma medicina de emergência
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