EFEITO DA CAMADA ELÁSTICA E DA CONFIGURAÇÃO CAVITÁRIA SOBRE A RESISTÊNCIA DA UNIÃO COMPÓSITO/DENTINA

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar o efeito do fator de configuração cavitária (fator-C) e do tipo de camada elástica sobre a resistência da união compósito-dentina. O esmalte oclusal de 50 molares humanos recém extraídos foi removido para expor uma superfície plana de dentina. As superfícies foram abrasionadas e planificadas com lixas de Carbureto de Silício - SiC (#300). Cavidades simuladas foram confeccionadas sobre a superfície plana de dentina. Para isso, foi utilizada uma matriz de silicone, num formato de tronco de pirâmide (dimensões de 5 mm de aresta menor, 6 mm de aresta maior e 5 mm de altura), utilizando o adesivo Single Bond e compósito TPH Spectrum (cor C3). Paredes de 3 mm de altura foram levantadas em volta da matriz e, assim, cavidades foram construídas em 4 diferentes configurações cavitárias, obtendo-se 5 grupos: G1-Controle (Fc=0,29), sem nenhuma parede circundante construída sobre a superfície plana de dentina; G2 (Fc=0,57), uma parede circundante construída sobre a superfície de dentina plana; G3 (Fc=1,0), duas paredes circundantes; G4 (Fc=1,75), três paredes circundantes e; G5 (Fc=3,4), quatro paredes circundantes. As cavidades foram combinadas a dois sistemas adesivos formando 10 grupos, 5 no sistema convencional Single Bond (SB) e 5 no sistema autocondicionante Clearfil SE Bond (CF), formando dois tipos diferentes de camada elástica (camada híbrida + camada de adesivo). Os grupos G1 (SB ou CF) foram usados como controle. Após a confecção das paredes, uma nova smear layer foi feita na parede de fundo das cavidades. As amostras foram restauradas usando o compósito TPH Spectrum (cor B1). Os adesivos foram utilizados de acordo com as orientações dos fabricantes. As restaurações foram seccionadas em uma cortadeira metalográfica de precisão para obtenção dos espécimes (palitos). Estes foram submetidos ao teste de microtração em máquina universal de ensaios (SHIMADZU), a uma velocidade de 0,5 mm/min até a ruptura. Os dados foram submetidos à Análise de variância ANOVA, pós-testes de Tukey, Dunnett e Correlação de Spearman (Alpha=0,05). As médias de resistência de união (MRU), expressas em MPa foram: G1 (36,32 - 31,81), G2 (14,62 9,25), G3 (10,48 10,51), G4 (9,80 5,19) e G5 (6,14 3,82), para SB e CF, respectivamente. Foram detectadas diferenças estatísticas entre as MRUs para os fatores configuração cavitária (p<0,0001) e camada elástica (p=0,0027), entretanto não apresentando para a interação entre eles (p=1941). Todos os grupos experimentais (de 1, 2, 3 ou 4 paredes circundantes) exibiram MRUs estatisticamente inferiores às apresentadas pelos grupos controles (G1). Em cavidades, o SB obteve desempenho superior ao adesivo autocondicionante. Concluiu-se que as MRUs são influenciadas pela configuração cavitária e pelo adesivo. A resistência de união exibida em cavidades tridimensionais foi inferior àquela produzida quando o adesivo foi testado em superfícies planas de dentina, com menores valores associados ao adesivo autocondicionante.

ASSUNTO(S)

resistência de união fator de configuração cavitária (fator-c) elastic layer odontologia tensile bond strength camada elástica configuration factor (c-factor) microtração

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