Educação do campo e alternância :reflexões sobre uma experiência na Transamazônica/Pará

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O Tema deste estudo é o Programa das Casas Familiares Rurais (CFRs), por meio da Casa Familiar Rural de Uruará/PA (CFRU), entre os anos de 2000 e 2005. Considera-se, como base, a formação ofertada aos jovens do campo, na modalidade de educação básica, pela metodologia de alternância entre os Tempos Escola e Familiar, nas duas primeiras turmas de 5 à 8 série. Parte-se do argumento sobre a importância do entendimento e da necessidade de transmissão/construção do conhecimento, fundados na inter-secção entre referências gerais da realidade social e das subjetivas. Constitui um trabalho educativo que valoriza, tanto o domínio dos saberes, como a capacidade criativa de cada aluno. Considerando que o fim maior da educação é a emancipação humana, definiu-se esta temática para o desenvolvimento da pesquisa documental e de campo, com o recorte para a proposta/prática educativa em alternância, escolhendo o Programa das CFRs como a referência para realizar uma análise que se propôs fecunda na articulação entre educação e trabalho educativo. Este estudo teve o objetivo de contribuir para o debate acerca da alternância e compreender os pressupostos e a prática educativa das CFRs e qual a sua importância para o jovem, a sua emancipação e sua relação com a política educacional do campo. Para isto, valeu-se, principalmente, das referências analíticas de autores, como Williams, Gramsci, Adorno, Freire, Shiva, Soares, Molina, Tonet, entre outros, todos também importantes para a construção deste trabalho. As fontes documentais estudadas, assim como as orais os atores entrevistados também permitiram, de modo insubstituível e significativamente, uma análise crítica sobre as proposições pedagógicas e a articulação entre a escola, trabalho familiar e educação, realizada na formação da CFRU, nas sessões de alternância entre Tempo Escola e Tempo Família. Os resultados são pontuados ao decorrer da estruturação dos capítulos, conforme se apresentaram nas diversas fontes e na leitura que destes se fez. Uma leitura que sinaliza para a afirmação de que é possível ultrapassar a ênfase sobre o tecnicismo, mediado na relação prática/teoria/prática, ainda presente na alternância, e, assim, poder fazer um trabalho educativo que pretenda contribuir para a formação de jovens com capacidade de ser, pensar e agir de fato como sujeitos de sua história

ASSUNTO(S)

emancipação humana formação básica educacao education ppolítica educacional educational policy educação alternância alternation human being emancipation basic formation

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