Ecos da modernidade : a arquitetura dos grupos escolares sergipanos (1911-1926)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Buscar os ecos de um tempo perdido. Aventurar-se pela arriscada trama da memória, lendo os espaços e desnudando a arquitetura em múltiplos discursos. Esta é a proposta desse estudo. No alvorecer do século XX em Sergipe, os republicanos buscaram redefinir os traços das principais cidades do estado, embelezando-as e dotando-as de construções imponentes. Era a face da modernidade adentrando ao menor estado do país. O objetivo dessa dissertação é compreender o discurso arquitetônico dos grupos escolares criados em Sergipe entre 1911 e 1926. Para tanto, foi realizada a análise acerca do processo de implantação desse modelo de instituição e dos aspectos que intervieram nesse processo. O lócus central da pesquisa foi a eloqüência discursiva expressa por meio da arquitetura dos grupos escolares. Para desvendar os múltiplos discursos envoltos na arquitetura dos grupos utilizou-se como fonte relatórios e mensagens de presidentes de Sergipe, jornais e principalmente fotografias e cartões-postais referentes aos prédios escolares. Ao adentrar ao universo complexo dos grupos, a investigação deparou-se com uma malha de conflitos, de impasses que levaram à dicotomia lembrar/esquecer. Os impasses acerca da implantação de escolas suntuosas, os embates entre engenheiros, professores, políticos, militares e higienistas e a busca pela modernidade civilizada foram alguns dos componentes que teceram o enredo desse período. Assim eclodiram os monumentos que embelezaram as cidades sergipanas e tentaram forjar uma identidade republicana respaldada pelo processo civilizatório.

ASSUNTO(S)

grupo escolar, sergipe arquitetura escolar educacao história da educação

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