Economia SolidÃria como Projeto Cultural e PolÃtico: a experiÃncia do Banco Palmas

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/12/2008

RESUMO

Apresento aqui uma abordagem etnogrÃfica, de tipo interpretativo, que tem como objeto de anÃlise uma experiÃncia de economia solidÃria protagonizada pela AssociaÃÃo dos Moradores do Conjunto Palmeiras â ASMOCONP, bairro situado na periferia sul da cidade de Fortaleza â CE. O trabalho desenvolvido pela ASMOCONP tem como suporte o Banco Palmas, instituiÃÃo de microcrÃdito fundada em 1998 para fomentar no territÃrio local a formaÃÃo de uma rede solidÃria composta por produtores, prestadores de serviÃos e consumidores. Um dos sÃmbolos mais expressivos desta experiÃncia à uma moeda social denominada Palmas, que foi concebida para circular somente no bairro. O argumento principal desta tese configura-se no sentido de afirmar que a economia solidÃria à um projeto cultural e polÃtico que se encontra em processo de construÃÃo. Nesta perspectiva, o caso do sistema ASMOCONP/Banco Palmas à estudado como experiÃncia especÃfica em que essa construÃÃo materializa-se nos planos simbÃlico e prÃtico. HÃ, no cotidiano do espaÃo local, a mobilizaÃÃo de esforÃos para que se fortaleÃa e se amplie o ethos do pertencimento comunitÃrio, da solidariedade e reciprocidade como valores fundamentais na conduÃÃo de prÃticas econÃmicas alternativas ao ethos do capitalismo. Atividades pedagÃgicas, eventos e solenidades rituais sÃo tambÃm mobilizados com o propÃsito de assegurar legitimidade social Ãs aÃÃes realizadas e projetar a visibilidade da experiÃncia local no espaÃo mais amplo da sociedade civil. Assim, por um lado o sistema ASMOCONP/Banco Palmas atrai diversos parceiros e investimentos para os projetos que sÃo operacionalizados no Conjunto Palmeiras. Por outro lado, articula-se a redes temÃticas e de movimentos sociais, ocupando uma esfera pÃblica plural, onde elementos conceituais e prÃticos sÃo intercambiados em torno de interesses comuns. A participaÃÃo nessas redes revela que a experiÃncia local insere-se tambÃm numa dimensÃo global, em que a economia solidÃria, dentre outros temas afins, substancia-se como movimento cultural e polÃtico capaz de apontar caminhos possÃveis para a construÃÃo de uma globalizaÃÃo contra-hegemÃnica, focada na justiÃa social, econÃmica e ambiental, no empoderamento comunitÃrio e na democracia participativa

ASSUNTO(S)

antropologia movimentos sociais etnografia social economy social movements ethnography redes de relaÃÃes sociais â conjunto palmeiras(fortaleza,ce) participaÃÃo social â conjunto palmeiras(fortaleza,ce) movimentos sociais â conjunto palmeiras(fortaleza,ce) solidariedade instituto banco palmas de desenvolvimento e socioeconomia solidÃria associaÃÃo dos moradores do conjunto palmeiras economia solidÃria

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