Dos sonhos de Kindzu e da produção dialética de lugares e não lugares em Terra sonâmbula, de Mia Couto

AUTOR(ES)
FONTE

Let. Hoje

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

Resumo: “Naparama? Nunca eu tinha ouvido falar em gente dessa.” Com essa pergunta, o narrador Kindzu, criado pelo escritor moçambicano Mia Couto, apresenta-nos um dos eixos políticos e psicossociais do romance Terra sonâmbula (1992). Acompanharemos, nesse estudo, Kindzu, perspectivado pelos simbolismos, pela razão prática e poética dos Naparamas, dinamizando estratégias multiculturais através de suas ações e da escrita de diários, para compreender seu lugar no complexo processo pós-colonial de Moçambique. Através dos diários do filho de Taímo, em narrativa mise en abyme, o velho Tuahir e o adolescente Muindiga terão elementos tradicionais e contemporâneos para a coexistência nas espacialidades tensionadas de lugares e não lugares (AUGÉ, 2010; 2012), com o objetivo de sobreviver ao corolário da guerra civil e para compreender possíveis mecanismos de reconstrução de sua nação.

ASSUNTO(S)

mia couto terra sonâmbula espacialidade descolonização

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