Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: síndrome de febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite
AUTOR(ES)
Terreri, Maria Teresa R.A., Bernardo, Wanderley Marques, Len, Claudio Arnaldo, Silva, Clovis Artur Almeida da, Magalhães, Cristina Medeiros Ribeiro de, Sacchetti, Silvana B., Ferriani, Virgínia Paes Leme, Piotto, Daniela Gerent Petry, Cavalcanti, André de Souza, Moraes, Ana Júlia Pantoja de, Sztajnbok, Flavio Roberto, Oliveira, Sheila Knupp Feitosa de, Campos, Lucia Maria Arruda, Bandeira, Marcia, Santos, Flávia Patricia Sena Teixeira, Magalhães, Claudia Saad
FONTE
Rev. Bras. Reumatol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-02
RESUMO
Resumo Objetivo: Estabelecer diretrizes baseadas em evidências científicas para manejo da síndrome de febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite (PFAPA). Descrição do método de coleta de evidência: A Diretriz foi elaborada a partir de cinco questões clínicas que foram estruturadas por meio do Pico (Paciente, Intervenção ou Indicador, Comparação e Outcome), com busca nas principais bases primárias de informação científica. Após definir os estudos potenciais para sustento das recomendações, esses foram graduados pela força da evidência e pelo grau de recomendação. Resultados: Foram recuperados e avaliados pelo título e resumo 806 trabalhos e selecionados 32 artigos, para sustentar as recomendações. Recomendações: 1. O diagnóstico da PFAPA é clínico e de exclusão, deve a suspeita ser considerada em crianças que apresentam episódios febris de origem indeterminada recorrentes e periódicos ou amidalites de repetição, intercalados com períodos assintomáticos, sobretudo em crianças em bom estado geral e com desenvolvimento pondero-estatural mantido; 2. Os achados laboratoriais são inespecíficos. Não existem alterações patognomônicas nos exames complementares; 3. A evidência que sustenta a indicação do tratamento cirúrgico (tonsilectomia com ou sem adenoidectomia) é baseada em dois ensaios clínicos randomizados não cegos que incluíram pequeno número de pacientes; 4. O uso de prednisona no início do quadro febril em pacientes com PFAPA mostrou ser eficaz. Melhores evidências ainda são necessárias para apoiar seu uso na PFAPA; 5. Apesar de os resultados obtidos de estudos com inibidores de IL-1ß serem promissores, esses são limitados a poucos relatos de casos.
ASSUNTO(S)
síndrome de febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite cervical diretrizes infância febre síndromes autoinflamatórias
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