Diminuição da densidade mineral óssea na cirrose não-colestática: prevalência, fatores preditivos e gravidade
AUTOR(ES)
Figueiredo, Fátima Aparecida Ferreira, Brandão, Cynthia, Perez, Renata de Mello, Barbosa, Walnei Fernandes, Kondo, Mario
FONTE
Arquivos de Gastroenterologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-09
RESUMO
RACIONAL: Existe associação entre doença óssea metabólica e doença hepática colestática. Contudo, a associação com cirrose não-colestática ainda é pouco conhecida. OBJETIVOS: Determinar a prevalência e a gravidade da perda de densidade mineral óssea na cirrose não-colestática e investigar fatores preditivos do seu diagnóstico. MÉTODOS: Oitenta e nove pacientes e 20 controles foram estudados de março a setembro de 1998. Todos foram submetidos a exames laboratoriais e densitometria óssea da coluna lombar e do colo do fêmur. RESULTADOS: A massa óssea estava significativamente reduzida em ambos os sítios nos pacientes quando comparado aos controles. A prevalência da perda de massa óssea na cirrose não-colestática, de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde, foi de 78% na coluna lombar e 71% no colo do fêmur. A massa óssea diminuiu significativamente com a idade em ambos os sítios, especialmente em pacientes acima de 50 anos. Pacientes mulheres pós-menopausa tinham massa óssea significativamente menor do que pacientes mulheres pré-menopausa e homens em ambos os sítios. Não houve diferença significativa na massa óssea entre as etiologias não-colestáticas. A massa óssea da coluna lombar diminuiu significativamente com a progressão da disfunção hepática. Nenhuma variável bioquímica foi associada com a perda da massa óssea. CONCLUSÕES: A perda de massa óssea foi freqüente em pacientes com cirrose não-colestática. Pacientes idosos, do sexo feminino na pós-menopausa e com disfunção hepática grave apresentaram doença óssea mais avançada. Os exames laboratoriais rotineiramente dosados nos pacientes com doença hepática não puderam predizer com segurança a presença de redução na massa óssea.
ASSUNTO(S)
densidade óssea osteopatias metabólicas cirrose hepática
Documentos Relacionados
- A presença do Helicobacter pylori em mulheres na pós-menopausa não constitui fator de risco para a diminuição da densidade mineral óssea
- Prevalência de baixa densidade mineral óssea e fatores associados em pacientes adolescentes e adultos com fibrose cística
- Associação entre Gravidade das Lesões Coronarianas e Densidade Mineral Óssea em Mulheres Pós-Menopausa
- Avaliação da densidade mineral ossea na espondilite anquilosante
- Natação e ciclismo não causam efeitos positivos na densidade mineral óssea: uma revisão sistemática