DIETIL-2-FENIL-2-TELUROFENIL VINILFOSFONATO: UM COMPOSTO ORGÂNICO DE TELÚRIO COM ATIVIDADE ANTIOXIDANTE IN VITRO E COM BAIXA TOXICIDADE IN VIVO EM CAMUNDONGOS. / DIETHYL-2-PHENYL-2-TELLUROPHENYL VINYLPHOSPHONATE: AN ORGANOTELLURIUM COMPOUND WITH ANTIOXIDANT ACTIVITY IN VITRO AND WITH LOW TOXICITY IN VIVO IM MICE

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Apesar do crescente uso dos compostos orgânicos de telúrio na química e na bioquímica, não há um grande conhecimento sobre sua toxicidade até agora. O Dietil-2-fenil-2-telurofenil vinilfosfonato é um β-organocalcogenil vinilfosfonato, uma útil ferramenta na síntese orgânica, mas nenhum estudo toxicológico e farmacológico estão ainda descritos na literatura. Neste estudo, nós investigamos, in vitro, a possível atividade antioxidante e as propriedades tóxicas deste composto, e avaliamos os prováveis efeitos tóxicos através de parâmetros bioquímicos, ex vivo, após administração pelas vias subcutânea ou intraperitoneal. Como outros compostos orgânicos de telúrio, o dietil-2-fenil-2-telurofenil vinilfosfonato também foi capaz de oxidar grupamentos SH do DTT, bem como de inibir a atividade da δ- ALA-D de fígado, cérebro e rim, in vitro, entretanto, em relativamente baixas concentrações. A atividade antioxidante foi também observada em cérebro, fígado e rim, em concentrações muito baixas, e sua habilidade de reduzir a peroxidação lipídica induzida por Fe+2 foi comparável ao do composto orgânico de telúrio com atividade antioxidante bem conhecida, o ditelureto de difenila. In vivo, o dietil-2-fenil-2-telurofenil vinilfosfonato foi muito pouco tóxico a camundongos que receberam doze injeções diárias pelas vias subcutânea e intraperitoneal, diferente dos animais que receberam ditelureto de difenila s.c., que morreram após o quarto dia de tratamento. Ex vivo, a atividade da δ- ALA-D no fígado, rim e cérebro não foi afetada pelos tratamentos com dietil-2-fenil-2-telurofenil vinilfosfonato. O peso corporal dos camundongos tratados não mudou, contudo, o peso do fígado aumentou nos animais que receberam as doses maiores pela via i.p., provavelmente devido à metabolização. De fato, nenhum dano ao tecido hepático foi detectado, visto que as atividades plasmáticas da AST e da ALT não foram alteradas. Os parâmetros bioquímicos de estresse oxidativo que foram avaliados, não foram alterados em rim e fígado, porém, em cérebro a atividade da SOD aumento significativamente, enquanto a atividade da catalase aumentou nas doses intermediárias, indicando que este tecido estaria sofrendo alguma alteração devido à administração deste composto de telúrio orgânico. Juntos, estes dados sugerem que este composto é promissor para maiores estudos farmacológicos, uma vez que não possui efeitos tóxicos pronunciados e possui uma atividade antioxidante considerável.

ASSUNTO(S)

vias de administração dietil-2-fenil-2-telurofenil vinilfosfonato toxicity administration vias atividade antioxidante bioquimica antioxidant activity camundongos toxicidade diethyl-2-phenyl-2-tellurophenyl vinylphosphonate mice

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