Diagnóstico da deficiência de alfa-1-antitripsina por estudo molecular em crianças com doença hepática
AUTOR(ES)
De TOMMASO, Adriana Maria Alves, ROSSI, Cláudio Lúcio, ESCANHOELA, Cecília Amélia Fazzio, SERRA, Heliane Guerra, BERTUZZO, Carmen Sílvia, HESSEL, Gabriel
FONTE
Arquivos de Gastroenterologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-01
RESUMO
Racional - A deficiência de alfa-1-antitripsina é uma doença genética transmitida de forma autossômica co-dominante. As manifestações clínicas principais incluem acometimento pulmonar e hepático. Este último, apresenta-se como colestase neonatal, hepatite crônica ou cirrose. O diagnóstico definitivo é realizado pela análise bioquímica da alfa-1-antitripsina ou pela análise molecular. Objetivo - Investigar, em um grupo de 12 crianças com suspeita de deficiência de alfa-1-antitripsina, a presença efetiva da deficiência através da análise de DNA, para um diagnóstico definitivo, bem como a associação entre os deficientes de alfa-1-antitripsina com as características clínicas e laboratoriais encontradas. Casuística e Métodos - Foram investigados os alelos mutantes S e Z do gene da alfa-1-antitripsina em 12 pacientes com idade variando de 3 meses a 19 anos, encaminhadas pelo ambulatório de Gastroenterologia Pediátrica da Universidade Estadual de Campinas, SP, por apresentarem dosagem sérica de alfa-1-antitripsina inferior ao normal e/ou doença hepática sem etiologia definida. A análise de DNA foi realizada utilizando-se o método modificado de amplificação gênica pela reação em cadeia de polimerase que cria sítios de restrição para as enzimas Xmnl (alelo S) e Taq l (alelo Z). Resultados - Dos 12 pacientes encaminhados, 7 apresentavam doença hepática crônica sem etiologia definida e os outros 5 traziam dosagens séricas baixas de alfa-1-antitripsina acompanhadas do diagnóstico de colestase neonatal e/ou doença hepática crônica de etiologia desconhecida. Nesse grupo de 12 pacientes, foram observados cinco pacientes homozigotos Z (ZZ) e dois traziam o alelo S acompanhado de um outro alelo, diferente do Z (*S). Conclusão - Esses resultados mostram que a deficiência de A1AT é uma etiologia relativamente freqüente em crianças que apresentam doença hepática crônica sem etiologia definida e/ou dosagem sérica baixa de A1AT (41,6%). A importância de um diagnóstico de certeza para a deficiência é justificada não apenas para o seguimento clínico do paciente mas também, em termos de aconselhamento genético.
ASSUNTO(S)
deficiência de alfa-1-antitripsina diagnóstico molecular biopsia hepática
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