Diagnose the social and environment impacts generated by the activity of production of the whitewash in craft ovens in the municipal district of Frecheirinha/Ce / DiagnÃstico sÃcioambiental da atividade de fabricaÃÃo da cal em fornos artesanais no municÃpio de Frecheirinha/Ce

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O Estado do Cearà possui segundo dados do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, um Ãndice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), de 0,7 ocupando a 20 colocaÃÃo no ranking dos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal. Sendo que 75% de sua Ãrea encontra-se sob condiÃÃes climÃticas adversas, com precipitaÃÃes anuais abaixo de 800 mm. AlÃm da irregularidade das precipitaÃÃes, apresenta ciclos de seca a cada 8 ou 12 anos, estando sob influÃncia do clima semi-Ãrido 49,69% da Ãrea total do estado. Dentre os seus municÃpios encontra-se o de Frecheirinha, localizado a 286,3 km de Fortaleza na porÃÃo noroeste do estado, com uma populaÃÃo de 11.832 e com um IDH-M de 0,605, que o coloca no 140 lugar entre os 184 municÃpios do Estado e no 4.584 lugar em relaÃÃo aos 5.561 municÃpios brasileiros. à neste municÃpio e sob estas condiÃÃes de adversidades climÃticas e socioeconÃmicas que se desenvolve a atividade de fabricaÃÃo da cal em fornos artesanais (caieiras). Em estabelecimentos que se caracterizam pela informalidade, e que obtÃm sua principal matÃria prima (rocha calcÃria) oriunda de Ãreas de extraÃÃo irregulares. Onde a madeira tambÃm à extraÃda, transportada e adquirida de forma irregular para posteriormente ser utilizada como lenha na transformaÃÃo dos blocos de calcita em cal, gerando uma aÃÃo antrÃpica de devastaÃÃo da cobertura vegetal nativa (caatinga). AlÃm de emitir poluentes atmosfÃricos, com tÃcnicas fabris rudimentares e condiÃÃes laborais insalubres que expÃe os trabalhadores a vÃrios agentes de risco e doenÃas ocupacionais. Diagnosticar os impactos sÃcioambientais gerados pela atividade de fabricaÃÃo da cal em fornos artesanais no municÃpio de Frecheirinha; bem como propor soluÃÃes alternativas baseadas no desenvolvimento endÃgeno sustentÃvel foram os objetivos gerais desse estudo. Para tanto teve como objetivos especÃficos o de descrever o perfil socioeconÃmico das unidades que compÃem a amostra; identificar as condiÃÃes de higiene e seguranÃa do trabalho nas caieiras selecionadas; analisar os impactos socioambientais adversos identificados e estudar projetos alternativos de desenvolvimento endÃgeno sustentÃvel. Na elaboraÃÃo do estudo, adotou-se alÃm da revisÃo de literatura e geocartogrÃfica, o procedimento metodolÃgico da pesquisa de campo ou mais especificamente da pesquisa participante de Malinowski, que se caracteriza pela inserÃÃo do pesquisador na realidade a que se propÃe estudar. A seguir, utilizando o processo de amostragem nÃo probabilÃstica do tipo intencional ou por julgamento, em um universo de nove estabelecimentos presentes em Frecheirinha, os cinco mais representativos no que se refere aos quesitos: quantidade de fornos ativos, nÃmero de trabalhadores direta ou indiretamente envolvidos na atividade, consumo de lenha e rocha calcÃria e quantidade produzida/mÃs; foram escolhidos. Os dados coletados, tabulados e analisados indicaram: jornada de trabalho de atà 12h em turnos diurnos e noturnos, 72% dos trabalhadores sem carteira assinada; O perfil educacional dos trabalhadores pesquisados à caracterizado por 3,7 anos de estudo em mÃdia, sendo que 24% nunca freqÃentaram uma escola ou o fez por apenas alguns meses; 50% estudou por um perÃodo de 1 a 4 anos e 26% de 5 atà o mÃximo de 8 anos. O nÃvel de conhecimento adquirido varia entre um percentual de 50% que nÃo sabem ler nem escrever, 37% que afirmam saber ler e/ou escrever pouco e 12% que responderam que sabem ler e escrever; incidÃncia de casos de alcoolismo associados ao uso de outras drogas estimulantes; dermatoses; ausÃncia de EPIs e EPCs; extraÃÃo, transporte e consumo ilegais de 864m3/mÃs de lenha da mata nativa (caatinga); 1.440 ton/mÃs de calcÃreo. As propostas alternativas endÃgenas viÃveis sÃo: a fabricaÃÃo de mel em associaÃÃes, devido ao potencial apÃcola da regiÃo e de sua sustentabilidade sÃcio-ambiental; a criaÃÃo de um pÃlo de artesanato mineral e a visitaÃÃo turÃstica induzida pelo atrativo ecolÃgico/cientifico das trilhas, formaÃÃes rochosas e salÃes.

ASSUNTO(S)

extrativismo mineral sustainable development extrativismo vegetal. occupational health outros extrativismo mineral saÃde ocupacional extrativismo vegetal. desenvolvimento sustentÃvel

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