Dexamethasone and audiological data in post meningitis children / Achados audiológicos em crianças pós meningite e o uso da dexametasona
AUTOR(ES)
Marcela Marreiro Gomes
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
Objetivo: Analisar o quadro audiológico de crianças que contraíram meningite segundo a variável uso da dexametasona no tratamento médico. Métodos: Foi realizado o levantamento e análise de dados de prontuários de 135 crianças na faixa etária de 3 meses a 16 anos e 6 meses de idade, que contraíram meningite e que foram assistidas no programa de detecção e identificação de perda auditiva no Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) e na Derdic, no período compreendido entre Fevereiro de 2001 a Julho de 2003. Foram levantadas as seguintes informações da avaliação audiológica mais recente realizada pela criança na Derdic: audiometria; resultados das emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente e/ou emissões otoacústicas produto de distorção; resultados da timpanometria; resultados do nível de alerta para fala. No IIER foram coletados dados referentes ao: intervalo de tempo entre o aparecimento dos primeiros sintomas da doença e a hospitalização; duração do período de internação; diagnóstico etiológico; uso da dexametasona; parâmetros do uso desta droga (momento em que foi usada: antes, durante ou depois do antibiótico; dose utilizada; tempo de uso e esquema de administração). Resultados e Conclusões: A chance da criança que não recebeu a dexametasona no seu tratamento médico apresentar alteração na avaliação audiológica é quase três vezes maior do que nas crianças que receberam este medicamento. Os parâmetros de uso da dexametasona (momento em que foi usada: antes, durante ou depois do antibiótico; dose utilizada; tempo de uso e esquema de administração) não mostraram relação estatisticamente significante com a presença de alteração na avaliação audiológica. A avaliação audiológica alterada foi verificada em 34% das crianças avaliadas. Houve um predomínio de perdas auditivas de grau leve (11,69%) e moderada (15,59%) bilaterais. A perda auditiva unilateral esteve presente em 11,69% das crianças. Quanto ao tipo de perda auditiva, 52% foi neurossensorial, 38% condutiva e 10% não determinada. As crianças do gênero masculino têm 2,5 vezes mais chance de ter alteração na avaliação audiológica em relação ao gênero feminino. O agente etiológico de maior prevalência foi o Neisseria meningitidis, mas esta variável não se mostrou significante na determinação de alteração na avaliação audiológica. A idade da criança na alta hospitalar mostrou uma tendência a determinar uma alteração na avaliação audiológica, mostrando que as crianças menores de cinco anos de idade estão mais propícias a apresentarem este tipo de alteração. A idade da criança na época da avaliação audiológica, assim como o tempo de internação e o período entre o diagnóstico da doença e a hospitalização, não foram variáveis determinantes na presença de alteração na avaliação audiológica
ASSUNTO(S)
dexamethasone audição surdez meningitis children dexametasona criança fonoaudiologia hearing audiologia meningite
ACESSO AO ARTIGO
http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5191Documentos Relacionados
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