Determinação e especiação de carbono inorganico em aguas naturais e atmosfera por analise em fluxo

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1995

RESUMO

Neste trabalho foi desenvolvido um método para a determinação da concentração do carbono inorgânico total (CO2-total), do carbono inorgânico dissolvido (DIC),do carbono inorgânico livre (H2CO3*) em amostras aquosas e do dióxido de carbono gasoso (CO2(g) atmosférico. A técnica utilizada foi a Análise por Injeção em Fluxo contínuo (FIA) com detecção condutométrica. O método é baseado na difusão do dióxido de carbono através de uma membrana de Teflon da amostra para um fluxo de água desionizada. A mudança na condutividade desse fluido é proporcional à concentração da espécie do dióxido de carbono presente na amostra. Os resultados obtidos para DIC em amostras aquosas utilizando-se esse procedimento foram comparados com aqueles obtidos por titulação potenciométrica, via pH e alcalinidade. Os valores foram significativamente diferentes para P = 0,01 e n = 10. Amostras de água foram colocadas em contacto com uma atmosfera contendo 425 ppmv em CO2, por um período de 48 horas para que se atingisse um equilíbrio. Os resultados experimentais para a concentração da espécie H2CO3 * foram superiores àqueles calculados pela lei de Henry . Foi monitorada a absorção do CO2(g) por uma amostra de água proveniente de um lago. O fluxo de CO2 variou desde 3,3 até 14,0 moI CO2/m.ano, dependendo do grau de turbulência na interface água/ atmosfera. Estes resultados ficaram bem próximos daqueles descritos na litera - tura para sistemas lacustres, ou seja, entre 5.28 e 18,66 mol CO2/m.ano. Testes de toxicidade aguda foram realizados monitorando-se a respiração da bactéria Escherichia coli. Este monitoramento foi realizado tanto na fase aquosa (CO2-total) quanto na fase gasosa (CO2(g)), dependendo do tipo do sistema FIA empregado. A ordem decrescente de toxicidade para combustíveis automotivos foi MEG (mistura contendo 33% de metanol, 60 % de etanol e 7% de gasolina) >M-etanol (95 % de etanol e 5% de gasolina) >M-gasolina (88 % de gasolina e 12 % de etanol), enquanto que para os componentes individuais a sequência foi Etanol >Gasolina>Metanol. Também foram feitos testes de toxicidade dos íons Hg(ll), monitorando-se o dióxido de carbono na fase gasosa. Ocorreu um aumento no tempo de duplicação (tD) da cultura bacteriana numa razão de aproximadamente 1,9; 2,6 e 3,1 para suspensões microbianas contaminadas com 12,5; 25 e 50 mg Hg(II)/L, respectivamente, quando comparadas com o controle. Para o desinfetante doméstico Pinho Sol, em culturas contaminadas com 0,4 e 1 %, essa razão foi de 1,6 e 4,8, respectivamente, sendo que foi observada uma inibição total de crescimento na concentração de 2 %.

ASSUNTO(S)

dioxido de carbono dioxido de carbono atmosferico carbono

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