Determinação dos fatores considerados de risco para aterosclerose em usuárias de contraceptivos orais em uma instituição de ensino superior em Dourados - MS

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A finalidade desta pesquisa foi determinar os fatores considerados de risco para aterosclerose em usuárias de contraceptivos orais (COs). Realizou-se um estudo observacional, descritivo, de corte transversal com 21 mulheres em uso de COs há mais de seis meses, entre 18 e 35 anos, em uma Instituição Privada de Ensino Superior de Dourados MS, no período de outubro a dezembro de 2005. Estudaram-se as características, estilo de vida e hábitos, os principais fatores de risco associados à doença aterosclerótica; avaliaram-se o perfil lipídico, níveis glicêmicos, pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD), e o risco cardiovascular de acordo com o tempo de uso, dosagem de estrogênio, tipo de COs, e perfil de automedicação. Analisou-se ainda o risco relativo individual, o risco absoluto para doença cardiovascular em dez anos, e o grau de risco cardiovascular frente aos níveis da PAS e PAD, e posteriormente realizou-se uma análise comparativa entre as variáveis para a amostra pura e a ajustada, quando se excluíram as usuárias que apresentaram qualquer tipo de alteração para o estilo de vida/hábitos, e/ou no exame físico, e/ou nos testes laboratoriais. A maioria das usuárias de COs tinha entre 18 e 23 anos, sedentárias, com dieta adequada, sob prescrição médica, não fumante e nem etilista. Os principais fatores de risco para aterosclerose presentes entre as usuárias de COs foram: níveis de HDL-C inferiores a 50mg/dl (76,2%); antecedentes familiares para hipertensão (61,9%), para dislipidemias (38,1%), e diabetes (28,6%); elevação da PAS e PAD (9,5%), de colesterol total (9,5%), e de LDL-C (9,5%); níveis aumentados de triglicérides (4,7%) e glicemia (4,7%); e presença de obesidade (4,7%). Os resultados propõem que os fatores de risco para aterosclerose quando presentes podem intensificar as alterações metabólicas promovidas pelo uso de COs conforme o tempo de uso, dose de estrogênio, e tipo de contraceptivo, podendo aumentar os riscos cardiovasculares. Portanto, medidas preventivas com atividades informativas e educativas devem ser abordadas de forma extensiva e monitoradas, a fim de que possa diminuir o risco cardiovascular nestas mulheres.

ASSUNTO(S)

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