Desenvolvimento de um modelo experimental de hemorragia subependimária-intraventricular em ratos recém-nascidos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Introdução: A hemorragia subependimária-intraventricular, também chamada de hemorragia da matriz germinativa, ocorre, em pré-termos com menos de 34 semanas e/ou abaixo de 1500 gramas. O desenvolvimento de modelos para entender a evolução da lesão cerebral antes e depois da hemorragia é importante para determinar estratégias de tratamento da doença. Objetivo: desenvolver um modelo experimental neonatal de hemorragia subependimária-intraventricular em ratos recém-nascidos, através da colagenase tipo VII e avaliar os desfechos da lesão através de testes neuromotores, cognitivos e avaliação macroscópica e microscópica dos subgrupos: controle negativo, grupo salina e colagenase. Método: Ratos Wistar no P6 foram submetidos à hemorragia pela técnica da mão livre (freehand) através de uma injeção intracraniana com colaganese tipo VII. Num grupo foi provocada hemorragia unilateral, e, em outro, hemorragia bilateral. Os mesmos foram avaliados com testes neuromotores e cognitivos (P7, P11, P15 e P30). Após os testes neuromotores e cognitivos, foram realizadas as avaliações macroscópicas e histológicas. Um grupo de animais também foi avaliado histologicamente no P7 após a lesão hemorrágica. Resultados: Foi possível provocar lesão na matriz germinativa com colagenase tipo VII, sendo fácil de reproduzir. As alterações neuromotoras, como ambulação, geotaxia negativa, reflexo de endireitamento e o teste de preensão das patas anteriores apresentaram valores significativos na fase aguda. Já o teste do cilindro e o reconhecimento de objeto não foram estatisticamente significativos. O teste do campo aberto foi significativo para o grupo com hemorragia bilateral. Encontramos diminuição do volume do encéfalo e lesão da matriz germinativa na avaliação histológica. Conclusão: O modelo de hemorragia subependimária-intraventricular em ratos Wistar recém-nascidos (P6) foi estabelecida utilizando a colagenase tipo VII, sendo de fácil execução. Não houve diferença significativa na avaliação cognitiva e as alterações neuromotoras são notáveis na fase aguda. A avaliação histológica evidenciou alterações semelhantes às do humano. Houve redução do volume do encéfalo na região do hemisfério correspondente à lesão.

ASSUNTO(S)

pediatria atividades motoras ratos - experiÊncias medicina medicina cogniÇÃo ratos de wistar hemorragia cerebral recÉm-nascido colagenases

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