Desempenho operacional de um conjunto trator-semeadora em função da velocidade e rotação no eixo do motor / Performance optimization of tractor-seeder combination under different speeds and engine axis rotations

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O conhecimento dos custos do trabalho realizado pelos implementos e máquinas agrícolas é de suma importância para o produtor agrícola, que pode, além de comparar preços dos vários tipos de operações, compor os custos de produção. Nesse contexto, escolher a velocidade correta depende da rotação do motor e da marcha a ser utilizada e deve, ainda, ser compatível com o tipo de terreno e com o implemento a ser tracionado. Este trabalho teve como objetivo otimizar o desempenho operacional de um conjunto trator-semeadora- adubadora em sistema de plantio direto, em função de diferentes velocidades de deslocamentos obtidas do escalonamento de marchas do trator e de rotações no eixo do motor na semeadura do milho. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com quatro repetições. As variáveis relacionadas à caracterização física do solo foram avaliadas em blocos e as demais, em arranjo fatorial 4 x 3, com 12 tratamentos, constituídos de quatro velocidades de deslocamento, obtidas em função dos escalonamentos de marchas e de três rotações do motor do trator, totalizando 48 unidades experimentais. Antes da instalação do experimento, coletaram-se a biomassa da cobertura vegetal, a resistência mecânica do solo à penetração, a caracterização física da área experimental por meio da análise granulométrica, o teor de água do solo e a massa específica do solo. Durante a semeadura, monitoraram-se a velocidade de operação do conjunto trator-semeadora-adubadora, a rotação do motor, a força na barra de tração, a patinagem dos rodados-motriz do trator e da semeadora e o consumo horário de combustível. Após a semeadura, foi avaliada a profundidade do sulco para deposição do adubo e da semente, a área mobilizada de solo, a distribuição longitudinal da semente no leito de semeadura, o índice de velocidade de emergência, o tempo médio de emergência e os custos com o consumo horário e por área trabalhada com combustível (diesel). De acordo com os resultados, pode-se concluir que: nos parâmetros operacionais do conjunto mecanizado, a profundidade do sulco foi influenciada pelo aumento na velocidade de operação, a área mobilizada de solo aumentou em 41% com a elevação da velocidade de operação e a patinagem dos rodados-motriz do trator ficou abaixo dos padrões estabelecidos pela norma. O requerimento de força na barra de tração média, por linha de semeadura e por área mobilizada de solo, diminuiu com o aumento da velocidade, e a força média na barra de tração por profundidade do sulco aumentou com o incremento da velocidade de operação. A elevação da velocidade de operação do conjunto mecanizado permitiu aumentar a capacidade operacional teórica em 120,23%, quando passou de 3,5 para 7,0 km h-1. O requerimento de potência na barra de tração média, por linha de semeadura, por profundidade do sulco e por área mobilizada. aumentou como o incremento da velocidade de operação do conjunto mecanizado. O consumo horário de combustível foi elevado com o aumento da velocidade de operação e da rotação do motor, sendo menor na rotação de 1.500 rpm. O menor consumo específico de combustível foi obtido na maior velocidade de operação e na menor rotação do motor. O consumo de combustível por área trabalhada diminuiu com o aumento da velocidade de operação e da capacidade operacional. O aumento da velocidade de operação de 3,5 para 7,0 km h-1 do conjunto mecanizado proporcionou menor consumo de combustível por área mobilizada de solo. Na maior velocidade de operação (7,0 km -1) ocorreu menor consumo de energia na operação de semeadura. No aspecto qualidade da semeadura, o aumento na velocidade de operação afetou todas as variáveis de qualidade. Em todas as velocidades de deslocamento, a rotação do motor a 1.500 rpm foi a que apresentou menor custo horário (R$ h-1) com combustível. Sob o aspecto econômico e qualitativo do processo de semeadura para a cultura do milho, é possível optar por menores velocidades de deslocamento em função do escalonamento de marcha e menores rotações no motor, ressaltando-se que as velocidades de 3,5 até 5,0 km h-1, na rotação de 1.500 rpm, obtiveram os melhores resultados, sendo ideais para a semeadura do milho.

ASSUNTO(S)

consumo específico qualidade da semeadura theoretical operational capacity maquinas e implementos agricolas fuel consumption specific consumption consumo de combustível capacidade operacional teórica seeding quality

Documentos Relacionados