Desempenho de testes sorológicos para o diagnóstico de infecção por HTLV em população de alto-risco de São Paulo, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-12

RESUMO

Problemas nos testes diagnósticos de infecção pelos vírus linfotrópicos de células T humanas (HTLV), principalmente HTLV-II, têm sido observados em pacientes com HIV/Aids. Desde Dezembro de 1998, a Seção de Imunologia do Instituto Adolfo Lutz (IAL) oferece a sorologia para HTLV-I/II para Serviços de Saúde Pública que atendem populações consideradas de risco para esta infecção. Duas mil trezentas e doze amostras de soro: 1.393 de Centros de Referência em Aids (Grupo I) e 919 de Clínicas de Especialidade em HTLV (Grupo II) foram encaminhadas para o IAL para a pesquisa de anticorpos anti-HTLV-I/II. A maioria delas foram testadas por dois ensaios imunoenzimáticos (EIAs) e confirmadas por Western Blot (WB 2.4, Genelabs). Sete kits diferentes de EIAs foram empregados durante o período e de acordo com os resultados do WB a melhor performance foi obtida com os EIAs que continham lisado viral dos HTLV-I e -II e a rgp21 como antígenos. Nenhum kit de EIA de 1ª, 2ª ou 3ª geração foi 100% sensível para detectar todas as amostras verdadeiramente HTLV-I/II reagentes. A prevalência de HTLV-I e HTLV-II, respectivamente, foi de 3,3% e 2,5% no Grupo I e de 9,6% e 3,6% no Grupo II. Em ambos os Grupos, foram detectadas altas percentagens de soros com padrão indeterminado no WB. O algoritmo de testes sorológicos para ser usado em população de alto risco para HTLV de São Paulo, Brasil, necessita de dois kits EIAs de princípios e composição diferentes para a triagem sorológica e, pelo elevado número de WB indeterminado, talvez de um outro teste confirmatório.

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