Desafios da estratégia DOTS no enfrentamento da tuberculose na Região Central de Santos

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/06/2011

RESUMO

Apesar de ser uma doença potencialmente previsível e curável (RODRIGUES et al , 2007), a Tuberculose ainda é um problema de saúde pública no Brasil. Em 2003, o controle da tuberculose foi destacado como prioridade dentre as políticas públicas de saúde (SANTOS, 2007). No Brasil, a TB ocupa lugar de destaque, pois entre as doenças infecciosas apresenta-se como a 4 causa de mortalidade, e a 9 de internações. Desde a implantação do DOTS no país as taxas de cobertura do Tratamento Supervisionado (TS) ou Tratamento Diretamente Observado (DOTS) (WHO, 2001) vêm aumentando, porém sem alcançar a meta preconizada pela OMS de 100% de cobertura. A proporção média de DOTS no Brasil é apenas de 20%, instigando a necessidade de se avaliar os motivos de sua adoção restrita, já que em outros países apresenta impacto positivo no controle de TB. Entretanto, o DOTS tem obtido variável e limitado sucesso em reduzir as taxas de incidência de TB nos países em desenvolvimento, principalmente em grandes metrópoles com elevada desigualdade em saúde e/ou com elevada prevalência de infecção pelo HIV. Este estudo é um recorte da pesquisa intitulada Tuberculose: Realidade e imaginário de paciente e seus familiares residentes na Região Central de Santos, sendo este um recorte. Considerando a importância da Estratégia DOTS para a adesão ao tratamento de tuberculose, optamos por enfocar, neste estudo, os Desafios da Estratégia DOTS no tratamento de TB na Região Central de Santos. Os objetivos específicos foram: Compreender os desafios da equipe de saúde em relação à estratégia DOTS; Avaliar as possíveis causas de abandono e descontinuidade do tratamento de paciente de tuberculose, apesar da estratégia DOTS; Avaliar a percepção do paciente em relação à tuberculose e ao tratamento. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada na UBS referência no centro de Santos. Os sujeitos da pesquisa foram os pacientes em tratamento na UBS referência, divididos em dois grupos: 1 grupo: pacientes adultos recém notificados há um mês na unidade básica de saúde; 2 grupo: pacientes adultos notificados há seis meses, sendo cinco para o primeiro grupo e cinco para o segundo grupo; a profissional de saúde de referência da UBS e a coordenadora da SEVIEP. Concluiu-se que existem muitos desafios para serem enfrentados no tratamento supervisionado na UBS, apesar de o DOTS ser considerado estratégia importante no controle da doença e a forma mais eficaz na prevenção do abandono e descontinuidade da doença.

ASSUNTO(S)

tuberculose dots desafios da implementação do dots saude coletiva

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