Densitovolumetria em doença pulmonar obstrutiva crônica : correlação do volume de zonas hipoatenuadas com valores de referência da normalidade e o índice "bode"

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A medida tomográfica do volume de parênquima pulmonar com densidade menor que -950HU é um método validado de quantificação de enfisema pulmonar “in vivo”. Recentemente foram descritas as equações preditoras de normalidade para estes volumes em indivíduos saudáveis, calculadas a partir da equação da reta, ajustada pela superfície corporal. Para aferir a correlação entre valores de densitovolumetria limítrofes de normalidade e o diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), estudamos 37 pacientes com diagnóstico clínico funcional da doença, comparando os resultados das variáveis densitovolumétricas, em inspiração (%Vol-950i) e expiração (%Vol-950e) máximas, com os resultados obtidos em uma amostra de 30 indivíduos saudáveis, previamente estudados. Estratificamos a gravidade da DPOC com a utilização do Índice BODE, um escore prognóstico multidimensional, recentemente validado como melhor preditor de mortalidade da doença.A diferença entre as médias das variáveis %Vol-950i e %Vol-950e em indivíduos hígidos e doentes foi significativa, P < 0,001, com intervalos de confiança 95% de (6,1 a 12,1%) e (3,2 a 7,2%), respectivamente. A sensibilidade do método variou de 94,5% na inspiração a 100% na expiração com especificidade de 96,6% e 100%, respectivamente. Os coeficientes de correlação de Pearson entre a comparação do %Vol-950i e %Vol-950e com o Índice “BODE” foram, respectivamente, r = 0,45 e r = 0,43. Concluímos que o volume de zonas hipoatenuadas apresenta boa correlação com o diagnóstico de DPOC. A correlação destes volumes com gravidade da DPOC, medida pelo Índice “BODE”, permanece indefinida.

ASSUNTO(S)

enfisema pulmonar pneumopatias densitometria

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