Testes funcionais e a relação com o índice BODE na doença pulmonar obstrutiva crônica

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Objetivos: investigar o comportamento da ventilação pulmonar ( E) do consumo de oxigênio ( O2) e da produção de dióxido de carbono ( CO2) nas atividades da vida diária (AVD) e nos testes funcionais de membros inferiores (MMII) dos indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e controle; verificar se os métodos empregados para a avaliação das AVD refletem adequadamente a limitação funcional dos indivíduos com DPOC; e se há correlação entre as variáveis avaliadas durante as AVD, o desempenho nos testes de MMII e o comprometimento muscular periférico de membros superiores (MMSS) com o índice BODE (Body mass index; airflow Obstruction; Dyspnea and Exercise capacity) nos indivíduos com DPOC. Material e Métodos: A amostra foi composta por 17 homens na faixa etária de 58 a 80 anos, sendo dez com DPOC de obstrução pulmonar moderada a muito grave compondo o grupo DPOC (GDPOC) e sete saudáveis compondo o grupo controle (GC). Todos foram avaliados quanto a realização do teste das AVD pelas variáveis ventilatórias e metabólicas; ao teste de caminhada de seis minutos em corredor (TC6Co) pela distância percorrida (DP); ao teste de caminhada de seis minutos em esteira (TC6E) pela DP e velocidade; ao teste de sentar e levantar da cadeira (TSLC) pelo número de repetições ao sentar e levantar e ao teste de preensão palmar em diferentes posturas. O GDPOC foi classificado quanto ao índice BODE e foram realizadas correlações entre os testes realizados e esse índice nesse mesmo grupo. Resultados: a análise intergrupo detectou diferença significativa (p<0,05) em relação a AVD de elevar potes na altura dos olhos ( E, CO2), pentear os cabelos, elevar potes acima dos ombros, estender roupa no varal e varrer o chão ( CO2) e nos TC6Co quanto a DP, no TC6E quanto a velocidade e no TSLC quanto ao número de repetições ao sentar e levantar da cadeira. Constatou-se ainda que o índice BODE apresentou forte correlação (r≥0,66) com o TC6E, TSLC e com a força de preensão palmar. Conclusão: os indivíduos com DPOC apresentaram menor tolerância ao esforço físico comparado ao GC durante a realização das AVD e dos testes de MMII. Que os métodos empregados para a avaliação das AVD utilizados não refletiram a limitação funcional do GDPOC que apresentou predominantemente moderada obstrução; e que o preditor de gravidade índice BODE apresentou associação com os fatores limitantes avaliados nos TC6E, TSLC e com a força de preensão palmar nesse grupo; apontando a possibilidade de sugerir a utilização dos mesmos na determinação da capacidade de exercício físico no cálculo do índice BODE.

ASSUNTO(S)

fisioterapia respiratória fisioterapia e terapia ocupacional atividades da vida diária testes de membros inferiores dpoc (doença pulmonar obstrutiva crônica) preensão palmar Índice bode

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