Déficit hídrico regulado na fase de maturação da uva Superior Seedless na Região do Vale São Francisco.

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A viticultura na região do Vale do São Francisco vem apresentando um crescimento bastante significativo nesta década, tendo sido, responsável por cerca de 90% das exportações de uva de mesa do país, em 2004. As práticas de irrigação têm sido ajustadas com o fim de atender a demanda de água da cultura e reduzir o consumo de água na irrigação. O objetivo do trabalho foi avaliar a videira cv. Superior Seedless quando submetida a déficits hídricos controlados de água na fase da maturação da uva, eficiência de uso de água e conservação pós-colheita, na Região do Submédio São Francisco, Casa Nova-BA. Utilizou-se o delineamento estatístico em bloco ao acaso, em esquema fatorial 3x3 com quatro repetições, sendo três épocas de corte na aplicação das lâminas (aos 21, 13 e 5 dias antes da colheita) e três lâminas líquidas de irrigação (100% , 50% e 0%) e um tratamento adicional, o qual correspondeu ao manejo adotado pelo produtor. O consumo hídrico da videira variou entre 335 mm e 390 mm no ciclo de produção, que resultou em uma economia de água que variou de 48,5% a 94,5% para os tratamentos deficitários em relação ao tratamento com maior suprimento de água, durante a fase de maturação da uva. Os potenciais matriciais da água no solo variaram em média de -4 kPaantes da maturação até um máximo de -73,6 kPa, durante a aplicação dos tratamentos. A eficiência do uso de água variou de 6,42 kg.m-3 a 9,32 kg.m-3 de água. O potencial hídrico foliar antes do alvorecer variou entre -0,1 MPa e -0,25 MPa e ao meio dia entre -1,0 MPa a -1,80 MPa. A média de diâmetro de bagas de uva e peso de cacho não foram afetados significativamente, pelo teste Duncan a 5%, no entanto o número de cachos variou de 29 a 38, com peso de 610 g a 690 g. A firmeza não sofreu influência do déficit hídrico regulado, após armazenamento em câmara fria. Os valores dos atributos: sólidos solúveis (SS), acidez total (AT) e a relação de SS/AT, por ocasião da colheita, formam iguais ou superiores aos padrões exigidos para exportação, variando de 15,9 Brix a 17,20 Brix, 0,43 g de ácido tartárico/100 ml de suco a 0,467 g de ácido tartárico/100 ml de suco e de 35,66 a 39,72, respectivamente. Na conservação pós-colheita obteve-se valores de SS variando de 15,81 Brix a 16,68 Brix; AT passando de 0,42 g de ácido tartárico/100 ml de suco para 0,46 g de ácido tartárico/100 ml de suco e a relação SS/AT decrescendo de 37,76 para 36,35, após 28 dias armazenamento, em câmara fria.

ASSUNTO(S)

irrigation post-harvest déficit hídrico pós-colheita vitis eficiência do uso de água irrigação engenharia agricola videira water use efficiency

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