Fragmentação florestal na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Ciência Florestal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo A dinâmica da cobertura florestal na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (BHRSF) pode ser avaliada por métricas de ecologia da paisagem. O objetivo deste trabalho foi avaliar a fragmentação florestal na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Brasil, por meio de métricas de ecologia da paisagem e quantificar a cobertura florestal nas unidades de conservação federais (UCs) presentes, para os biomas Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado nos anos de 1997, 2007 e 2017. O mapeamento dos fragmentos foi realizado considerando área e quantidade dos fragmentos florestais, divididos nas seguintes classes de tamanho: (1) pequeno (até 10 ha); (2) médio (entre 10 e 100 ha); e (3) grande (maiores que 100 ha). As métricas, área, forma e borda, foram calculadas no software Fragstats® 4.2. As métricas números de fragmentos (NP), área de classe (CA), tamanho médio dos fragmentos (MPS) e densidade de borda (ED) dos fragmentos florestais dos biomas Caatinga e Cerrado na BHRSF comprovam que a Bacia está em processo de fragmentação florestal, principalmente nos grandes fragmentos, que tiveram suas áreas reduzidas, e nos de tamanho médio, que tiveram aumento da quantidade de bordas. De forma geral, a proteção de áreas florestais nas UCs da Caatinga e Cerrado não foram eficazes em manter a cobertura florestal, haja vista o desmatamento nestas áreas protegidas em 20 anos. Medidas como pagamentos por serviços ambientais ou restauração florestal devem ser utilizadas pelo poder público e sociedade em conjunto com a criação e manutenção de áreas florestais protegidas. A Mata Atlântica foi o único bioma a apresentar aumento na cobertura florestal e redução da fragmentação florestal na BHRSF. Iniciativas como o pacto da restauração da Mata Atlântica e Lei da Mata Atlântica de 2006 podem ter favorecido esse aumento da cobertura florestal.

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