Das neoplasias indiferenciadas em cabeça e pescoço e da contribuição do exame imuno-histoquimico em seu diagnostico diferencial

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

As neoplasias indiferenciadas em cabeça e pescoço e base do crânio não são raras: ocorrem tanto em mucosas como em glândulas salivares, em partes moles e em linfonodos. O diagnóstico histopatológico preciso é fundamental na conduta terapêutica ideal e na caracterização do prognóstico de cada caso. o objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência destas neoplasias em nosso serviço, sua distribuição conforme o padrão celular, a idade do paciente e a localização do tumor, avaliando-se a freqüência dos casos em que o exame imuno-histoquímico foi decisivo para o diagnóstico diferencial conclusivo das mesmas. Foram estudadas 43 biopsias de neoplasias indiferenciadas diagnosticadas no ambulatório da Disciplina de Otorrinolaringologia da UNICAMP, no período de 1990 a 1997. Aplicou-se um painel imuno-histoquímico conforme o método complexo avidinabiotina-peroxidase (ABC), dependendo da idade dos pacientes, da localização do tumor e do padrão citoarquitetural das células neoplásicas. O laudo final foi emitido após nova análise conjunta com as lâminas coradas pela técnica da hematoxilina e eosina. Os locais de ocorrência mais comuns foram os linfonodos, 20,93%; faringe e pescoço, 16,28%; seios paranasais, 13,95% e cavidade nasal, 11,63%. Estas neoplasias foram mais prevalentes na sétima década de vida (34,88%), sendo duas vezes mais prevalentes em homens do que em mulheres. O exame imuno-histoquímico permitiu o diagnóstico conclusivo em 60,47% dos tumores e o sugeriu em 20,93%. Os padrões citoarquiteturais mais comuns foram: célula redondas, 51,16%; células epitelióides, 20,93%; células fusiformes, 16,28%; mixóides, 9,30% e células pleomórficas, 2,33%

ASSUNTO(S)

tumores - diagnostico imunodiagnostico anticorpos monoclonais

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