Crítica da violência e do poder em WALTER BENJAMIN. / Critique of violence and power in WALTER BENJAMIN.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/03/2011

RESUMO

A discussão sobre a governabilidade da Alemanha de entre guerras, e a observação de sua crescente instabilidade, já sinalizando uma nova barbárie, leva a reflexão de Walter Benjamin sobre aquele espaço político a deduzir a vulnerabilidade da Constituição da República de Weimar, que acabou ferida com o estado de exceção nazista. O ensaio Crítica da Violência Crítica do Poder, (Zur Kritik der Gewalt) que visa à crítica ao ordenamento jurídico de uma organização estatal, confirma nesse sistema a sua derivação do poder mítico quando o ato legal não consegue mais dizer a justiça. Assim Benjamin analisa as discrepâncias do direito natural e do direito positivo, utilizando-se para isso da filosofia de sua história. Na investigação do absolutismo seiscentista enfocado pela estética barroca aparece um fragmento significativo que serve de fundamento para a reconceituação da teoria da soberania. Na ótica da dramaturgia barroca (Trauerspiel) a arte de governar rompe com a prescrição do Direito Constitucional, desafiando, dessa forma, o sistema jurídico do principado barroco, para inaugurar o exercício de outra ação política que leve em consideração as leis da alteridade. Essas leis são cumpridas, através da mobilização de afetos na alma. Apoiadas em uma ética pseudo-estóica, elas conseguem recuperar o equilíbrio político e a estabilização da história, uma vez que esse estoicismo se acha pincelado, no barroco, de laivos do cristianismo, que constroem a motivação de uma identidade entre súdito e príncipe.

ASSUNTO(S)

critica da violência sistema jurídico poder justiça revolução filosofia critique of violence legal system power justice revolution

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