Crescimento e potencial energético de plantas intactas e de brotações de plantas jovens de clones de eucalipto / Growth and potential energy evaluation of intact plants and coppice from juvenile plants of eucalypt clones

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/02/2011

RESUMO

A biomassa de florestas plantadas de rápido crescimento pode ser uma opção para suprir a elevada demanda por fonte alternativa de energia. Este trabalho teve por objetivo analisar o crescimento e o potencial energético de plantas intactas e de brotações de oito clones de eucalipto submetidos à decepa em estádio juvenil, com ou sem desbrota, sob espaçamento inicial de 3x3 m, visando a produção de biomassa para energia em rotações curtas. O trabalho foi conduzido no município de Vazante, MG (173609S e 464202W), na região de cerrado, com défice hídrico bastante acentuado durante seis meses do ano. A decepa foi realizada em plantas com 13 meses de idade e o crescimento em diâmetro, altura e volume, das plantas intactas e das brotações, foi avaliado até 55 meses após plantio. Aos 55 meses após o plantio, foram retiradas amostras para a determinação do poder calorífico e da densidade da madeira das plantas intactas e das brotações dos seis clones mais produtivos. As maiores estimativas de crescimento em volume por ha das brotações foram obtidas para os clones denominados de 58, GG100, 1000 e 36. Não foi observada diferença (p>0,05) para os valores assintóticos e tendências de crescimento em volume por ha entre os tratamentos com e sem desbrota da maioria dos clones estudados. A produção dos clones 8B e 1270 foi reduzida, não sendo recomendados para plantio na região do estudo. Comparando-se o crescimento das brotações e plantas intactas aos 36 meses, as estimativas de volume por ha das brotações foram 67% maior do que as plantas intactas para o clone 58, 61% para o GG100, 252% para o 1000, 179% para o 36, 54% para o 26 e 93% para o 910, indicando a possibilidade de antecipação da idade de rotação para as brotações. A freqüência de brotos, por ha, aos 55 meses após o plantio, foi maior nas classes de diâmetro menores, o que não interfere na produção de biomassa em razão do número maior de fustes por cepa em comparação com as plantas intactas, de fuste único. A produção em massa seca e o potencial energético do clone 1000 foram menores (p≤0,05) quando houve desbrota, em comparação com o tratamento sem desbrota e plantas intactas, enquanto para o clone 36 o potencial energético foi menor para o tratamento sem desbrota. Não foi observada diferença significativa para os demais clones. Estes resultados indicam a possibilidade de uso da decepa de eucalipto em estádio juvenil e o manejo da brotação em rotações curtas para produção de biomassa para energia em sucessivas rotações, não sendo necessária a realização da desbrota para os clones estudados. Considerando que os povoamentos de eucalipto deverão ser manejados em várias rotações para a produção de biomassa para energia, deve-se dar prioridade a informações sobre potencial energético das brotações.

ASSUNTO(S)

eucalipto biomassa para energia decepa talhadia silvicultura hew coppice biomass production for energy eucalypt

Documentos Relacionados