COVID-19 E SEU EFEITO NO ESPORTE OLÍMPICO: A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR O ISOLAMENTO SOCIAL E SEUS DANOS A FIM DE MINIMIZÁ-LOS

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FONTE

Rev Bras Med Esporte

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-10

RESUMO

RESUMO Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou como pandemia a doença causada pelo vírus SARS-CoV2, conhecida como COVID-19. O mundo do esporte acompanha e sofre os efeitos globais dessa enfermidade, com o adiamento ou cancelamento de competições, inclusive os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Como proposta para contenção da doença, foi determinado o isolamento social. Apesar de importante, esta medida traz danos aos atletas olímpicos pelo afastamento do local de treinamento e de treinadores, assim como de sua equipe interdisciplinar. Portanto, entende-se a importância de estudar esses danos a fim de minimizá-los. De forma geral, acredita-se que a atividade física regular esteja associada à melhora do funcionamento do sistema imunológico. Assim, a falta de treinamento pode levar a consequências importantes para o desempenho e a saúde do atleta olímpico. Do ponto de vista da saúde do atleta, o comprometimento do sistema imunológico pela redução da regularidade do exercício físico deixa o atleta mais vulnerável a contrair e desenvolver infecções ou outras patologias. Além disso, o risco de lesões considerando a diminuição da realização dos trabalhos preventivos é evidente nessa população. As reduções da carga e da intensidade de treino podem provocar mudanças na composição corporal do atleta e afetar diversos componentes da aptidão cardiorrespiratória, assim como reduzir níveis de força e potência muscular. Com relação à saúde mental do atleta, dois aspectos são os mais desafiadores: o isolamento e a incerteza. A partir dos possíveis danos causados pelo isolamento social, entende-se a necessidade de um trabalho específico e em conjunto, na tentativa de minimizá-los. Neste trabalho serão abordados os seguintes tópicos: (I) contexto: transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento, critérios de alta, isolamento e consequências pós-pandemia; (II) danos e propostas: nutricionais, fisiológicas, biomecânicas, bioquímicas e psicológicas. Nível de evidência II; Artigo de Revisão.

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