MUDANÇAS PERCEPTIVAS EM ATLETAS DE RESISTÊNCIA DURANTE ISOLAMENTO SOCIAL DEVIDO À COVID-19
AUTOR(ES)
Guilherme, Flávio Ricardo; Nascimento, Matheus Amarante do; Fiorillo, Rodrigo Garcia; Silva, Maycon Capoia da; Amadeu, Guilherme dos Santos; Graça, Ágatha; Santos, Sérgio Luiz Carlos dos; Rinaldi, Wilson
FONTE
Rev Bras Med Esporte
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-12
RESUMO
RESUMO Introdução: A pandemia de Covid-19 gerou medidas de isolamento social em diferentes contextos. Todas as competições de esportes de resistência foram canceladas em todo o mundo, portanto, os aspectos comportamentais, psicológicos e físicos podem ter sido afetados. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar possíveis associações entre estresse, motivação, mudanças comportamentais e aptidão física e o tempo de isolamento social em atletas de resistência. Métodos: Estudo transversal com participação de 201 atletas, entre ciclistas (n = 89) corredores (n = 88) e triatletas (n = 24). Cada participante respondeu perguntas sobre o tempo de isolamento; peso corporal; mudanças no cronograma de treinamento durante o período de isolamento; níveis de motivação; níveis de estresse, perda de aptidão física; qual aptidão física foi mais prejudicada no período de isolamento; consumo de álcool; qualidade do sono; qualidade da dieta e se ficou doente durante o período de isolamento. Resultados: Os resultados mostraram diferenças significantes entre a porcentagem de corredores (4,5%) e triatletas (16,7%) que ficaram isolados de 1 a 10 dias, entre ciclistas (41,6%) e corredores (68,2%) em 11 a 20 dias e mais de 20 dias (28,1% e 9,1%), respectivamente. O isolamento social foi significativamente associado a pelo menos uma variável nos três grupos de atletas, porém, os corredores foram os mais afetados pela pandemia, apresentando associação a baixa motivação, alto estresse, pior qualidade do sono, aumento do consumo de álcool e perda da aptidão física. Conclusão: Nosso estudo mostrou que o período de isolamento social, especificamente com tempo de isolamento social superior a 10 dias, gerou mudanças significantes nas percepções de motivação, estresse, consumo de álcool e aptidão física de atletas de resistência, sendo os corredores o grupo mais afetado. Nível de evidência III; Estudos diagnósticos - Investigação de um exame para diagnóstico; Estudo de pacientes não consecutivos, sem “padrão de ouro” aplicado uniformemente.
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