Corrimentos vaginais em gestantes: uma comparaÃÃo da abordagem sindrÃmica com exames da prÃtica clinica da enfermagem. / Vaginal discharge in pregnant women: a comparasion of the syndromic approach with examinations of the clinical practice of nursing.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/12/2011

RESUMO

Objetivou-se comparar os achados de infecÃÃes vaginais em gestantes obtidos por meio do fluxograma de corrimento vaginal com exames presentes na prÃtica clÃnica. O estudo foi do tipo avaliativo, com delineamento transversal e abordagem quantitativa, desenvolvido no Centro de Parto Natural LÃgia Barros Costa em Fortaleza - CE, com amostra composta por 104 gestantes. Os dados foram coletados por meio de entrevista e exame ginecolÃgico de Janeiro a Julho de 2011. Foi realizada anÃlise estatÃstica, utilizando frequÃncia absoluta, mÃdia e Desvio PadrÃo. Realizou-se, tambÃm, testes de sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo, acurÃcia e as razÃes de verossimilhanÃa positiva e negativa, em que se estabeleceu significÃncia para valor de p<0,1. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comità de Ãtica em Pesquisa da Universidade Federal do CearÃ, conforme protocolo n 298/10. As gestantes apresentaram mÃdia de idade de 23,7 anos, parceria fixa (78; 75%), mÃdia de 12,3 anos de estudo e renda familiar entre um e dois salÃrios mÃnimos (59; 56,7%). A menarca ocorreu em mÃdia com 12,8 anos e a sexarca com 16 anos. NÃo apresentavam histÃria pregressa de IST (90; 86,5%) e nÃo realizavam exame citolÃgico periodicamente (58; 55,8%). Houve predomÃnio de mulheres multÃparas (58; 55,8%), com uma mÃdia de 20,24 semanas gestacionais. As queixas ginecolÃgicas mais predominantes foram: corrimento vaginal (87; 83,7%), odor de secreÃÃo vaginal (45; 43,3%), dispareunia (36; 34,6%), prurido (27; 26%), disÃria (12; 11,5%), sinusorragia (6; 5,8%) e febre (4; 3,9%). Encontrou-se uma prevalÃncia de 13,5% de positividade para pelo menos uma das trÃs infecÃÃes vaginais investigadas de acordo com o exame a fresco. Observou-se predominantemente o pH de valor 5 (50; 48,1%) e o teste de aminas negativo (66; 63,5%). O fluxograma nÃo se mostrou eficaz na identificaÃÃo de candidÃase, apresentando uma baixa sensibilidade (0,0%) e Valor Preditivo Positivo (0,0%), uma alta especificidade (97,9%), Valor Preditivo Negativo (90,2%) e acurÃcia (88,5%), alÃm de RazÃo de VerossimilhanÃa Positiva nula e RazÃo de VerossimilhanÃa Negativa igual a 1. Para tricomonÃase, apresentou baixa sensibilidade (50%), especificidade (46%), Valor Preditivo Positivo (3,6%) e acurÃcia (46,2%), um alto Valor Preditivo Negativo (95,8%), RazÃo de VerossimilhanÃa Positiva igual a 0,9 e RazÃo de VerossimilhanÃa Negativa de 1,08. Para vaginose bacteriana, mostrou-se satisfatÃrio, com uma alta sensibilidade (100%), Valor Preditivo Negativo (100%) e acurÃcia (74%), uma baixa sensibilidade (64%) e Valor Preditivo Positivo (51,8%), alÃm de RazÃo de VerossimilhanÃa Positiva igual a 2,7 e RazÃo de VerossimilhanÃa Negativa nula. Conclui-se que o emprego da abordagem sindrÃmica das infecÃÃes vaginais em gestantes precisa ser reavaliada, visto que o fluxograma nÃo foi eficaz em identificar infecÃÃes como candidÃase e tricomonÃase. Os esforÃos para o desenvolvimento de testes simples e mais acessÃveis devem ser contÃnuos. Entretanto, devem-se empregar tÃcnicas mais avanÃadas, como o exame a fresco, na prÃtica clÃnica, com intuito de aprimorar as prÃticas em saÃde sexual e reprodutiva, evitando a disseminaÃÃo de infecÃÃes, reduzindo tratamentos desnecessÃrios e melhorando a qualidade de vida das gestantes.

ASSUNTO(S)

enfermagem doenÃas sexualmente transmissÃveis vulvovaginite gestantes enfermagem sexually transmitted diseases vulvovaginitis pregnant women nursing.

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