Correlação entre o fechamento velofaríngeo, hipernasalidade, emissão de ar nasal e ronco nasal em indivíduos com fissura de palato reparada
AUTOR(ES)
Scarmagnani, Rafaeli Higa, Barbosa, Daniela Aparecida, Fukushiro, Ana Paula, Salgado, Manoel Henrique, Trindade, Inge Elly Kiemle, Yamashita, Renata Paciello
FONTE
CoDAS
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-06
RESUMO
OBJETIVO: Investigar a correlação entre as dimensões do orifício velofaríngeo, hipernasalidade, emissão de ar nasal (EAN) audível e ronco nasal (RN), em indivíduos com fissura palatina reparada. MÉTODOS: Foram avaliados cem pacientes com fissura labiopalatina reparada, submetidos à medida da área do orifício velofaríngeo (área velofaríngea) por meio da técnica fluxo-pressão e à gravação de fala. A partir da área velofaríngea, determinada durante a produção de /p/ inserido numa frase, o fechamento velofaríngeo foi classificado em adequado, marginal e inadequado. A hipernasalidade foi classificada em escala de quatro pontos, EAN e RN em presente-ausente, por três fonoaudiólogas utilizando amostra de fala gravada. A concordância inter e intra-avaliadores foi estabelecida e a correlação entre as variáveis foi analisada por meio do coeficiente de correlação de Spearman, considerando p<0,05. Um modelo de regressão logística ordinal foi elaborado para investigar se as características da fala podem predizer o fechamento velofaríngeo. Para tanto, foram incluídas somente 43 amostras de fala que obtiveram 100% de concordância quanto ao grau de hipernasalidade entre as avaliadoras. RESULTADOS: Correlação significativa entre hipernasalidade e área velofaríngea; EAN audível e área velofaríngea. Correlação negativa foi verificada entre RN e área velofaríngea. O modelo logístico mostrou que as características da fala contribuíram significativamente para a previsão do fechamento velofaríngeo. CONCLUSÃO: Existe correlação entre dimensões do orifício velofaríngeo e hipernasalidade, EAN e RN, sugerindo que as características perceptivas da fala podem predizer o fechamento velofaríngeo, favorecendo o diagnóstico e a definição de conduta de tratamento da disfunção velofaríngea.
ASSUNTO(S)
fissura palatina insuficiência velofaríngea fala rinomanometria avaliação
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