Correção optica em escolares e condições de uso dos oculos - Campinas (SP)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2001

RESUMO

Realizou-se estudo analítico transversal sobre erros re:&acionais, utilização da correção óptica e fatores que interferem na adesão ao uso de óculos, em crianças da primeira série do ensino fundamental de escolas públicas de Campinas (SP). A amostra foi composta por 225 crianças que receberam os óculos na Campanha Olho no Olho/2000. Para a coleta dos dados, realizou-se exame oftalmológico e aplicou-se questionário por entrevista ao responsável pela criança por ocasião do exame, realizado seis meses após a entrega dos óculos. Os escolares provinham de famílias de nível sócio econômico baixo. A média de idade foi de 7,9 anos. Os erros re&acionais mais freqüentes foram astigmatismos baixos (22,2%) e moderados (17,3%). A acuidade visual binocular com a primeira correção foi _0,7 em 83,4% dos casos e em 92,9% com a segunda correção. Usaram os óculos 98,2% dos escolares, dos quais 45,2% em período integral e 96,8%, na escola. Foram trocados e/ou suspensos 32,0% dos óculos prescritos e repostos 12,0% por perda ou quebra. Nos casos de astigmatismo baixo ocorreu mais desistência ou ausência de uso dos óculos. As principais barreiras para a não utilização dos óculos foram alterações no erro retracional e a não reposição dos danificados e/ou perdidos. A acuidade visual sem correção apresentou associação inversa ao uso dos óculos. Os óculos prescritos e doados na campanha de triagem visual foram usados efetivamente, embora com necessidade de alteração da correção óptica em alguns casos. A prescrição dos óculos deve seguir critérios baseados na acuidade visual sem correção, além dos erros re:&acionais, onde graus de astigmatismo <2,ODC não devem ser prescritos, a menos que haja indicação específica por ser acompanhado de sintomas e/ou estrabismo. O acompanhamento dos casos deve ser considerado como etapa importante das campanhas de triagem visual, sugerindo-se que a reavaliação desses escolares deva ser anual, ou no mínimo a cada 2 anos. Deve-se propiciar condições para a reposição de óculos a baixo custo pelas famílias

ASSUNTO(S)

olhos - erros refrativos saude publica acuidade visual

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