Corpo e educação no vaso do feminino / Body and education in the feminine vase.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Desenvolvo nesta tese a perspectiva de que corpo e alma - como duplo inseparável - devem ser valorizados e cultivados nas práticas simbólicas educativas. Partindo de minha experiência do/no corpo, ou seja, de meu trajeto (Trajeto Antropológico) e do pretexto da vivência da prática do Lian Gong (ginástica terapêutica de origem chinesa) com um grupo de mulheres com idade superior a 56 anos, abordo primeiramente o Feminino, isto porque o Feminino (da Grande Deusa e da Grande Mãe enquanto arquétipos e símbolos) e o corpoalma (feminino) são desvalorizados e oprimidos há séculos por uma cultura patriarcal. A mesma cultura que cindiu corpo e alma e que dividiu o homem em dois. Reflito sobre a importância do resgate do Feminino através do corpo e da conscientização das polarizações presentes e constituintes da psique (a energia psíquica); polarizações que devem ser entendidas na dinâmica dos opostos complementares e na possibilidade de equilibração psíquicofísica. Apresento como base teórica a Antropologia do Imaginário de Gilbert Durand; a Psicologia Analítica de C. G. Jung, de Clarissa P. Estés e de Edward C. Whitmont; a Psicologia Arquetípica de James Hillman; a noção ampliada de Educação de José Carlos de Paula Carvalho; e, outros autores que contribuíram na pesquisa. Trago abordagens sobre o corpo que passam por Wilhelm Reich, Alexander Lowen (bioenergética) e Stanley Keleman. Discorro sobre questões que envolvem corpo e psique, em uma perspectiva recursiva (dialógica) e inclusiva. Apresento, também, exemplos de diferentes olhares sobre o corpo que são oferecidos por imagens fílmicas e exemplos de processos psicossomáticos contados através de histórias de vida. Dialogo com o Oriente (como paradigma de um imaginário antagônico) e trago o que é o Lian Gong. Apresento o material da pesquisa de campo que envolve seis entrevistas, fotos e a experiência de um ano de convívio com o grupo de mulheres. Reflito sobre a velhice e a perspectiva do inacabamento humano e do entrismo (entrada na vida), de ser velha enquanto jovem e jovem enquanto velha. A conclusão desta pesquisa remete à questão de que corpo-e-alma têm a possibilidade de aprender por toda a vida no trajeto e na trajetividade dos meus eus, com os outros no mundo.

ASSUNTO(S)

archetype arquétipo body-soul corpo-alma educação education feminine feminino imaginário imaginary psique psyche símbolo symbol

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