Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formaÃÃo do banco d esporos em dois fragmentos de Mata AtlÃntica / Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formaÃÃo do banco d esporos em dois fragmentos de Mata AtlÃntica

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar duas populaÃÃes de Blechnum brasiliense Desv. e B. occidentale L. quanto a viabilidade e a germinaÃÃo dos esporos, o desenvolvimento dos gametÃfitos e, a formaÃÃo do banco de esporos. Blechnum brasiliense està presente em Ãreas alagadas, sombreadas e distribuÃdas de forma agregada, enquanto B. occidentale cresce em margens e barrancos, Ãreas iluminadas formando um tapete resultado de reproduÃÃo por rizomas. As espÃcies foram coletadas nas matas da Azuada e da Reserva BiolÃgica Municipal, localizadas no municÃpio de Bonito (PE). Frondes fÃrteis foram coletadas e mantidas em temperatura ambiente por cinco dias para a liberaÃÃo dos esporos. O armazenamento foi feito sob condiÃÃes de 5ÂC e escuro contÃnuo ou condiÃÃes ambientais. Experimentos foram montados para a avaliaÃÃo da: 1) germinaÃÃo de esporos recÃm coletados: esporos mantidos em soluÃÃo nutritiva, a 25oC e 12h de luz; 2) germinaÃÃo sob diferentes temperaturas: esporos mantidos em cÃmara tipo BOD sob as temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30 e 35ÂC e tratamentos de luz e escuro constantes; 3) nutriÃÃo mineral na germinaÃÃo: esporos mantidos em Ãgua destilada, soluÃÃo de Mohr a 10, 50, 100% e soluÃÃo com ausÃncia de ferro, a 25oC e 12h de luz; 4) estresse hÃdrico na germinaÃÃo: esporos mantidos em soluÃÃo nutritiva nos potenciais hÃdricos de â0,01 a â1,0 MPa obtidos com adiÃÃo de PEG 6000; 5) armazenamento e viabilidade: esporos armazenados por 1, 2, 3, 6, 9 e 12 meses em condiÃÃes controladas (5oC e escuro constante) e no campo (200mg de esporos foram misturadas a 10g de solo, acondicionados em sacos de nÃilon que ficaram expostos na superfÃcie ou enterrado a 5cm de profundidade); 6) desenvolvimento de gametÃfitos em diferentes substratos: os esporos foram distribuÃdos sobre Ãgar, areia, solo e solo com folhedo e a avaliaÃÃo morfolÃgica foi semanal; 7) banco de esporos no solo: coleta de solo superficial nos meses de agosto/2001 e janeiro/2002 em dez pontos. O material coletado foi distribuÃdo em placas de Petri e mantido em cÃmara de germinaÃÃo durante 6 meses com acompanhamento quinzenal. A germinaÃÃo dos esporos recÃm coletados de B. brasiliense e B. occidentale iniciou no 3o e 4o dias, respectivamente. Esporos, de ambas espÃcies, sob diferentes temperaturas apresentaram germinabilidade de 100%, exceto a 10 e 35ÂC, que nÃo germinaram. Nos experimentos de nutriÃÃo mineral, apenas a Ãgua nÃo foi favorÃvel ao desenvolvimento de gametÃfitos. Quando submetidas ao estresse hÃdrico, as duas espÃcies, apresentaram 100% de germinabilidade nos potenciais hÃdricos de â0,01 a â0,04 MPa. Baixos valores de germinaÃÃo foram encontrados apenas em B. brasiliense nos tratamentos de â0,05 a â1,0 MPa. Houve perda total da viabilidade dos esporos armazenados no campo entre o 6o e o 9o mÃs, enquanto os esporos armazenados em condiÃÃes controladas mantiveram 100% de germinabilidade por 12 meses. Embora a germinaÃÃo tenha sido semelhante à soluÃÃo nutritiva, a areia foi considerada como substrato menos favorÃvel, pois apresentou permanÃncia da fase filamentosa e morte aos 30 dias de cultivo. Nos demais substratos, o desenvolvimento inicial dos gametÃfitos foi semelhante, seguindo a seqÃÃncia do desenvolvimento filamentoso, espatulado e cordiforme nas duas espÃcies. Estruturas reprodutivas foram observadas com 45 dias de cultivo. O banco de esporos no solo apresentou, em sua maioria, gametÃfitos tricomados. Foram encontrados 13 morfotipos de gametÃfitos. A maior diversidade de gametÃfitos foi encontrada nas amostras da mata da Reserva na estaÃÃo chuvosa. Nos dois locais, houve maior nÃmero de gametÃfitos durante a estaÃÃo chuvosa. EsporÃfitos surgiram a partir do 3o mÃs de cultivo

ASSUNTO(S)

temperatura - nutriÃÃo mineral - avaliaÃÃo botanica estresse hÃdrico - germinaÃÃo - avaliaÃÃo blechnum brasiliense desv. e blechnum occidentale l. - viabilidade dos esporos

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