Controle da queima da saia em alface com isolados de Trichoderma spp

AUTOR(ES)
FONTE

Summa phytopathol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

A queima da saia, causada por Rhizoctonia solani AG 1-IB, é uma importante doença da cultura da alface no Brasil, para a qual o controle biológico com Trichoderma não foi desenvolvido até o momento no país. O presente estudo foi realizado com o objetivo de selecionar isolados de Trichoderma para serem usados para o controle da queima da saia em alface. Quarenta e seis isolados de Trichoderma obtidos com iscas contendo micélio do patógeno foram avaliados em experimentos conduzidos in vitro e in vivo, os quais foram realizados em casa de vegetação, em duas fases.Em laboratório os isolados foram avaliados com relação às capacidades de parasitismo e de produção de substâncias metabólicas tóxicas, com capacidade de inibir o crescimento micelial do patógeno. Na primeira fase dos experimentos in vivo, foram avaliados o número e a massa seca de plântulas de alface da cultivar White Boston. Na segunda fase, 12 isolados eficientes na primeira fase e que também apresentaram rápido crescimento e esporulação abundante em laboratório, foram avaliados com relação à sua capacidade de controlar a queima da saia em dois experimentos repetidos, e também tiveram suas espécies identificadas. A maioria dos isolados de Trichoderma spp. (76%) apresentou elevada capacidade de parasitismo e 50% dos isolados produzim metabólitos tóxicos capazes de inibir 60-100% do crescimento micelial de R. solani AG1-1-B. Vinte e quatro isolados promoveram aumento do número e 23 na massa seca de plântulas de alface inoculadas com o patógeno na primeira fase dos experimentos in vivo. Nos dois experimentos da segunda fase dois isolados de T. virens, IBLF 04 e IBLF 50, reduziram a severidade da queima da saia e promoveram o aumento do número e da massa seca das plântulas de alface inoculadas com R. solani AG 1-IB. Esses isolados haviam apresentado elevada capacidade de parasitismo e de produção de substâncias metabólicas tóxicas, indicando que as fases in vitro e in vivo empregadas no presente estudo foram eficientes para a seleção dos antagonistas a serem utilizados para o controle da queima da saia em alface.

ASSUNTO(S)

controle biológico rhizoctonia solani lactuca sativa

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