Contaminação tumoral em trajeto de biópsia de tumores ósseos malignos primários

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ortop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-10

RESUMO

OBJETIVO: Estudar os fatores possivelmente associados à contaminação tumoral do trajeto de biópsia de tumores ósseos malignos primários. MÉTODO: Foram estudados, retrospectivamente, 35 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico com diagnóstico de osteossarcoma, tumor de Ewing e condrossarcoma. A amostra foi analisada para caracterização quanto à técnica de biópsia empregada, tipo histológico do tumor, realização de quimioterapia neoadjuvante, ocorrência de recidiva local e contaminação tumoral no trajeto da biópsia. RESULTADOS: Nos 35 pacientes avaliados ocorreram quatro contaminações (11,43%). Um caso era de osteossarcoma, dois casos de tumor de Ewing e um caso de condrossarcoma, não se observando associação entre o tipo de tumor e a presença de contaminação tumoral no trajeto da biópsia (p = 0,65). Também não se observou associação entre a presença de contaminação tumoral e a técnica de biópsia (p = 0,06). Por outro lado, observou-se associação entre a presença de contaminação tumoral e a ocorrência de recidiva local (p = 0,01) e entre a presença de contaminação e a não realização de quimioterapia neoadjuvante (p = 0,02). CONCLUSÃO: A contaminação tumoral no trajeto de biópsia de tumores ósseos malignos primários esteve associada à ocorrência de recidiva local. Por outro lado, não mostrou ser influenciada pelo tipo de biópsia realizada e pelo tipo histológico de tumor estudado. A quimioterapia neoadjuvante mostrou um efeito protetor contra esta complicação. A despeito desses achados, a contaminação tumoral é uma complicação que deve sempre ser considerada, sendo recomendada a remoção do trajeto da biópsia na cirurgia de ressecção do tumor.

ASSUNTO(S)

inoculação de neoplasia biópsia sarcoma neoplasias Ósseas recidiva local de neoplasia sistema musculoesquelético

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