Contaminação por chumbo em Santo Amaro desafia décadas de pesquisas e a morosidade do poder público
AUTOR(ES)
Andrade, Maiza Ferreira de, Moraes, Luiz Roberto Santos
FONTE
Ambient. soc.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-06
RESUMO
A contaminação por chumbo em Santo Amaro (BA) é estudada há quase 40 anos, desde as evidências encontradas no Rio Subaé e em amostras de sangue de trabalhadores da Companhia Brasileira de Chumbo (Cobrac), e de urina e cabelo de pescadores. A persistência da contaminação continua motivando novas pesquisas, mesmo após 20 anos do fechamento da Cobrac, o que evidencia a falta de políticas públicas para afastar o risco de contaminação da população exposta, principalmente crianças e mulheres adultas. Este artigo apresenta uma análise cronológica e crítica da produção científica sobre o caso, e discute a pouca participação das Ciências Sociais na discussão, assim como a necessidade de inclusão dos afetados, baseada na perspectiva da ampliação da comunidade de pares (FUNTOWICZ; RAVETZ, 1997). A partir da percepção de que as pesquisas não retornaram à comunidade (DI GIULIO, 2010), constatou-se em levantamento bibliográfico nas bibliotecas que apenas 6,45% da produção científica estavam disponíveis.
ASSUNTO(S)
contaminação chumbo santo amaro retorno de pesquisas ciências sociais
Documentos Relacionados
- Vítimas da contaminação por chumbo e a luta Pelo direito: o caso do Município de Santo Amaro na Bahia
- Chumbo e cádmio detectados em alimentos vegetais e gramíneas no município de Santo Amaro-Bahia
- Avaliação de alguns aspectos do passivo ambiental de uma metalurgia de chumbo em Santo Amaro da Purificação, Bahia.
- Poder judiciário: morosidade e inovação
- Implantação de protocolo de vigilância e atenção à saúde de ex-trabalhadores e população exposta a chumbo, cádmio, cobre e zinco em Santo Amaro, Bahia