CONSERVAÇÃO IN VITRO DE MANGABEIRA NATIVA DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL. / IN VITRO CONSERVATION OF NATIVE MANGABA TREE NATIVE OF NORTHEAST OF BRAZIL.

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) é uma frutífera tropical encontrada em diferentes regiões do país, sendo mais abundante em áreas de tabuleiros costeiros e baixadas litorâneas da Região Nordeste, onde é explorada de forma extrativista e vem sofrendo acelerado processo de erosão genética. O desenvolvimento de métodos de conservação dos recursos genéticos ainda disponíveis torna-se imprescindível. Este trabalho teve como objetivo o aprimoramento técnico-científico da conservação in vitro por crescimento lento de mangabeira. Os trabalhos foram desenvolvidos no Laboratório de Cultura de Tecidos de Plantas da Embrapa Tabuleiros Costeiros. Para avaliar o efeito da sacarose e sorbitol segmentos nodais foram inoculados em tubos de ensaio com 25 mL de meio de cultura MS suplementado com 1 mg.L-1 de ácido indol acético (AIA) e 1 mg.L-1 de benzilaminopurina (BAP) e diferentes concentrações de sorbitol (10; 20 e 40 g.L-1), combinadas com 0 e 15 g.L-1 de sacarose. Para avaliar o efeito do ácido abscísico (ABA), do tipo de recipiente e vedação os segmentos nodais foram inoculados em frascos tipo maionese e em tubos de ensaio com 25 mL de meio MS, suplementado com 30 g.L- 1 de sacarose, contendo 0 ou 0,5 mg.L-1 de ABA combinadas com tampa plástica e tampa de papel alumínio. Para o estudo do efeito do manitol e tempo de cultivo dois acessos de mangabeira foram inoculados em meio MS combinados com 0; 5; 10; 15 e 20 g.L-1 de manitol. Foi realizada a quantificação da prolina em microestacas provenientes de meio de conservação contendo 10 e 20 g.L-1 de sorbitol. Na etapa de recuperação do crescimento explantes conservados in vitro por 120 dias, nos experimentos anteriores foram inoculados em meio de cultura MS sendo a viabilidade das culturas avaliadas aos 30 e 60 dias. É viável a manutenção de segmentos nodais na ausência de sacarose e na presença de 10 ou 20 g.L-1 de sorbitol assim como de segmentos nodais na presença de 0,5 mg.L-1 de ABA em tubos de ensaio vedados com tampa de papel alumínio por 120 dias. É viável a conservação de plântulas germinadas in vitro em meio com 15 e 20 g.L-1 de manitol por 180 dias. Observa-se maior acúmulo de prolina em entre-nós do que em folhas de mangabeira. Explantes mantidos na presença de 10 g.L-1 de sorbitol e na ausência de sacarose e na presença de 0,5 mg.L-1 de ABA na fase de conservação apresentam maior viabilidade na recuperação do crescimento.

ASSUNTO(S)

crescimento lento osmotic regulators slow-growth hancornia speciosa gomes outros reguladores osmóticos hancornia speciosa gomes

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