Congenital hydrocehalus - a comparative study addressing maternal, gestational, perinatal and outcome characteristics of newborns with or without meningomyelocele / Estudo da evolução e prognostico comparativos de neonatos com hidrocefalia congenita isolada ou associada a defeitos do fechamento do tubo neural
AUTOR(ES)
Mateus Dal Fabbro
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Introdução: A hidrocefalia congênita é uma condição freqüente, estando associada a um terço de todas as malformações congênitas do sistema nervoso. O conhecimento clínico e epidemiológico da hidrocefalia congênita e dos variados fatores etiológicos e prognósticos a ela relacionados são até o momento insuficientes para a compreensão global e otimização do tratamento desta complexa patologia. Objetivos: analisar o prognóstico comparativo de hidrocéfalos com e sem mielomeningocele. Métodos: trata-se de um estudo retrospectivo descritivo, através da revisão dos prontuários de 168 neonatos nascidos no Centro de Assistência Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM - UNICAMP), Campinas - SP - Brasil, divididos em duas amostras: grupo 1 (G1), composto de 98 neonatos com hidrocefalia congênita não associada a mielomeningocele; grupo 2 (G2), composto por 70 neonatos com hidrocefalia congênita associada a mielomeningocele. Foram estudadas as comparativamente as seguintes características: idade materna, número de gestações, realização de pré-natal, apresentação fetal, tipo de parto, idade gestacional ao diagnóstico, idade gestacional ao nascimento, índice de Apgar ao 1o e 5o minutos, incidência de baixo peso, graduação ecográfica da hidrocefalia, tratamento cirúrgico de hidrocefalia, complicações dos shunts, duração da primeira internação, mortalidade na primeira internação, mortalidade no seguimento, incidência de retardo neuropsicomotor (RDNPM). Resultados: seguimento médio: G1 42 meses, G2 60 meses; parto cesáreo: G1 69,4%, G2 91,2% (p<0,05); baixo peso: G1 32,7%, G2 10% (p<0,005); Apgar 1o minuto <8: G1 58,2%, G2 30% (p<0,025); hidrocefalia acentuada: G1 59,2%, G2 28,6% (p<0,005); realização de derivação ventrículo-peritoneal (DVP) na 1a internação: G1 34,7%, G2 71,4% (p<0,005); mortalidade na 1a internação G1 24,4%, G2 10% (p<0,05); internação menor que 5 dias G1 46,9%, G2 12,8% (p<0,005); RDNPM no seguimento G1 70,8%, G2 42,8% (p<0,05). Conclusão: os resultados revelam um prognóstico ruim para a hidrocefalia congênita, caracterizado por alto índice de mortalidade e alta incidência de RDNPM. Os pacientes com hidrocefalia acentuada (grave) pela ecografia apresentam pior prognóstico. A maior incidência de baixo peso, de hidrocefalias acentuadas, de óbitos no período neonatal e de RDNPM no grupo 1 revelam um pior prognóstico dos neonatos com hidrocefalia não associada a mielomeningocele quando comparada aos neonatos com hidrocefalia associada a mielomeningocele
ASSUNTO(S)
mortalidade infantil derivação ventriculoperitoneal psychomotor performance infant mortality desempenho psicomotor ventriculoperitoneal shunt
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000435088Documentos Relacionados
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