Condylar displacement between CR and MIC in symptomatic and asymptomatic subjects and their correlations with the temporomandibular dysfunctions. / "Deslocamentos condilares entre RC e MIH em indivíduos sintomáticos e assintomáticos e suas correlações com as disfunções temporomandibulares"

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Os tratamentos da oclusão levaram à escolha da relação cêntrica (RC) como posição de referência devido à sua reprodutibilidade, o que favorece maior precisão do diagnóstico. As interferências oclusais e os conseqüentes deslocamentos condilares entre as posições mandibulares de RC e a máxima intercuspidação habitual (MIH) têm sido revelados como parte dos fatores etiológicos das disfunções temporomandibulares. Na tentativa de melhor esclarecer o papel dos deslocamentos condilares dentro do contexto da oclusão, morfológica e funcional, como fator de risco no desenvolvimento da DTM, este estudo transversal prospectivo propôs-se a avaliar os referidos deslocamentos. A amostra foi composta por 70 participantes, não desprogramados, divididos em grupo sintomático, segundo o critério RDC/TMD, e grupo assintomático. Para avaliação dos participantes, empregaram-se modelos de gesso montados em articulador Panadent. Foram obtidos registros de cera em MIH e RC, sendo este último obediente à técnica power centric (Roth). As diferenças entre as duas posições foram medidas nos três planos do espaço, em gráficos correspondentes aos lados direito, esquerdo e transversal, avaliadas quanto à magnitude e direção e comparadas quanto à sintomatologia e o gênero pela análise de variância. A possível correlação quanto à direção do deslocamento foi avaliada pelo teste qui-quadrado de homogeneidade. Para verificar a reprodutibilidade das medidas intra e interobservador foram calculadas correlações intraclasses e índice de Dahlberg. Os resultados mostraram repetibilidade e reprodutibilidade das medidas condilares. Nos indivíduos com DTM, os deslocamentos em valores médios absolutos no plano vertical foram de 1,48 mm do lado direito (IPC vert D) e de 1,72mm do lado esquerdo (IPC vert E). No plano horizontal foram de 0,63 mm do lado direito (IPC hor D) e de 0,64 mm do lado esquerdo (IPC hor E). No plano transversal (IPC trans) o valor médio do deslocamento foi de 0,41 mm. Os valores médios absolutos dos deslocamentos condilares em indivíduos assintomáticos foram de 1,22 mm no plano vertical do lado direito (IPC vert D) e 1,30 mm do lado esquerdo (IPC vert E). No plano horizontal do lado direito (IPC hor D), os valores médios foram de 0,63 mm e do lado esquerdo (IPC hor E) 0,63 mm. No plano transversal, o valor médio do deslocamento foi de 0,23 mm (IPC trans). Na comparação entre os grupos assintomático e sintomático, constatou-se que este último apresentou valores maiores quanto ao deslocamento vertical do lado esquerdo (E) (p=0,039) e no sentido transversal (p=0,015). Observou-se também nesse grupo maior prevalência de deslocamento no sentido distal quando comparado ao grupo assintomático. Na associação entre a sintomatologia e a direção de deslocamento, verificou-se que o deslocamento condilar horizontal direito apresentou associação estatística com a sintomatologia (p=0,015). Não foram encontradas diferenças relativas à sintomatologia quanto ao gênero. O primeiro ponto de contato em RC mostrou-se localizado em sua grande maioria no segundo molar permanente, tanto no grupo sintomático (94,2%) quanto no assintomático (91,4%).

ASSUNTO(S)

disfunção temporomandibular relação central deslocamento condilar temporomandibular dysfunction centric relation condylar displacement

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