Avaliação estrutural da articulação temporomandibular de individuos sintomaticos e assintomaticos em imagens por ressonancia magnetica

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2000

RESUMO

O presente estudo teve como objetivos verificar a prevalência de sinais e sintomas de desordens temporomandibulares e de alterações estruturais da A TM, verificadas em imagens por Ressonância Magnética, estabelecendo correlação entre estas e os sinais e sintomas clínicos. Foram selecionados clinicamente 50 indivíduos com sinais e sintomas de desordens temporomandibulares e, como grupo controle, 20 indivíduos assintomáticos. Todos os indivíduos foram avaliados em exames bilaterais da ATM por Ressonância Magnética, com seqüências sagitais ponderadas em TlISE e TIrrSE, coronal ponderada em TI e dinâmica/FFE. Os resultados obtidos permitiram concluir-se que os indivíduos sintomáticos apresentaram cefaléia (76%), dor (72%), "clicking" (54%), dor à palpação dos músculos mastigatórios (49%), bruxismo (48%), dor à palpação da ATM (37%), desvio ou deflexão mandibular (35%) e limitação da abertura bucal (12%). As imagens por Ressonância Magnética mostraram que os indivíduos assintomáticos não apresentaram alterações estruturais da A TM, com exceção da presença de hipermobilidade condilar, em 25% das ATMs. Considerando os indivíduos sintomáticos, observou-se hipermobilidade condilar em 49% e mobilidade condilar normal em 45% das ATMs. Posição normal do disco foi verificada em 49% das ATMs, anterior (44%), ântero-Iateral (2%), medial (2%), anterior parcial na porção lateral da articulação (2%) e ântero-medial (1%). Quanto à função do disco, 49% das ATMs foram normais, 34% apresentaram deslocamento do disco com redução e 17% das ATMs apresentaram deslocamento do disco sem redução. Morfologia normal do disco foi observada em 69% das ATMs, indeterminada (9%), biplanar (8%), dobramento do disco (7%), biconvexo (5%) e espessamento da banda posterior (2%). Efusão articular foi verificada em 17% das A TMs e alterações ósseas em 22% das A TMs. Quando avaliadas posição e função do disco com alterações ósseas, houve correlação estatisticamente significante (nível de 1 %); entretanto, o mesmo não ocorreu entre posição ou função do disco e mobilidade condilar. Quando avaliadas posição do disco e sinais e sintomas, observou-se correlação estatisticamente significante com dor à palpação da A 1M e desvio ou deflexão mandibular, não apresentando correlação estatisticamente significante com os demais sinais e sintomas. Considerando a função do disco, houve correlação estatisticamente significante com posição e morfologia do disco, efusão articular, "clicking", abertura bucal máxima (nível de 1%), dor à palpação da ATM e desvio ou deflexão mandibular {nível de 5%). Entretanto, a correlação entre função do disco e dor, dor à palpação dos músculos mastigatórios, cefaléia e bruxismo não foi estatisticamente significante

ASSUNTO(S)

ressonancia magnetica articulação temporomandibular

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