Como auxiliar e orientar as famílias que possuem usuários de drogas como o crack?

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DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

Estudos com

sinalizam que a internação para usuários deste tipo de drogas não é a melhor opção, o estudo aponta para o trabalho preventivo, social e familiar com estes pacientes.

A internação do dependente, ao contrário do que se acreditava antigamente, não é solução para todos os pacientes. Ao contrário, os estudos científicos realizados nas últimas décadas não comprovam nenhuma vantagem de um método hospitalar em relação a ambulatório para toda a população de dependentes que buscam, ou são levados para o tratamento. Pelo contrário, a internação é mais bem entendida como um método de promoção de abstinência, apenas uma parte da recuperação do indivíduo, devendo SEMPRE ser associada a seguimento ambulatorial posterior. O tratamento em ambulatório, de fato apresenta algumas vantagens sobre a internação, por ser menos custoso (possibilita ao serviço o tratamento de um maior número de dependentes), causar menor interrupção na vida do indivíduo (muito dependentes que procuram tratamento, por exemplo, continuam a manter atividades sociais e ocupacionais importantes, auxiliando na manutenção de toda sua família). A internação carrega também uns estigmas sociais importante, que é delegado ao indivíduo. O dependente aceita mais fácil o tratamento ambulatorial e este modelo busca que o paciente lide com sua compulsão em seu “mundo real” (ao qual irá retornar muitas vezes despreparado após período de internação). Por outro lado, existem algumas indicações importantes de internação.

A família necessita participar ativamente do tratamento e do processo de recuperação do dependente, como núcleo de suporte fundamental do indivíduo. Esta tarefa, porém, não é nada fácil, dados os prejuízos sofridos pelos familiares durante o curso da dependência do álcool e/ou drogas (agressões, furtos domésticos, doenças do paciente, etc.). Para tanto, paralelamente ao tratamento individual, uma intervenção terapêutica familiar é sempre aconselhável.

No Estado do Rio Grande do Sul o Ministério da Saúde constatou que o risco maior, entre usuários de drogas injetáveis, é a transmissão do vírus da aids, pelo compartilhamento de seringas e agulhas e sexo desprotegido. Entre eles, a prevalência do HIV chega a 41%. No sul do país, por exemplo, o crescimento da aids deve-se fundamentalmente, a este meio de transmissão do vírus. Já entre os usuários do crack, a maior prevalência é de hepatite.

A evidência dessas doenças fez com que o Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde incorporasse todos os serviços de controle das doenças infecciosas ao trabalho de redução de danos com usuários de drogas. A partir do segundo semestre deste ano, eles terão acesso aos programas de vacinações e controle das hepatites virais, hanseníase, tuberculose e leptospirose.

ASSUNTO(S)

enfermeiro p19 abuso de drogas cocaína crack b - estudos experimentais ou observacionais de menor consistência enfermeria

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