Combinando testes neuropsicológicos para melhorar a avaliação de dificuldades aritméticas em crianças com TDAH

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-04

RESUMO

Resumo Objetivo: Comparar as formas de avaliar as habilidades aritméticas em crianças brasileiras com TDAH, combinando três testes neuropsicológicos validados, e verificar se são sensíveis ao tratamento com metilfenidato. Métodos: Quarenta e duas crianças (9‒12 anos) participaram deste estudo: 20 eram crianças com TDAH (DSM-IV) e 22 eram controles pareados por idade. Usamos um critério de classificação para cada teste separadamente e outro para a combinação entre eles, visando detectar a presença de dificuldades aritméticas em dois momentos: início (tempo 1) e quando as crianças com TDAH estavam tomando 0,3‒0,5 mg/kg de metilfenidato (tempo 2). O estudo também avaliou o desempenho dessas crianças em operações de subtração, combinando partes desses testes. Resultados: Separadamente, os testes foram sensíveis apenas às diferenças entre os grupos sem medicação. Entretanto, ao combinar os três testes neuropsicológicos, foi possível observar uma diferença e detectar uma redução das dificuldades aritméticas associadas ao tratamento com metilfenidato. Os mesmos efeitos foram encontrados em exercícios de subtração que exigem o procedimento de empréstimo. Conclusões: O estudo foi capaz de detectar dificuldades aritméticas em crianças brasileiras com TDAH e os efeitos do metilfenidato. Dada essa melhora na sensibilidade, combinar testes poderia ser uma alternativa promissora ao trabalhar com amostras limitadas.

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