Coleta e criopreservação do sêmen de rã-touro, Lithobastes catesbeianus (Shaw, 1802) / Seminal sampling and cryopreservation in the bullfrog, Lithobastes catesbeianus (Shaw, 1802)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O impacto da introdução de espécies exóticas no Brasil e no mundo, é um grande problema ao desequilíbrio ambiental. O estudo de métodos para otimizar e melhorar a permanência das espécies nativas em declínio e utilizar o potencial das espécies exóticas para o fornecimento de alimentos sem prejuízo ao meio, tem sido um desafio para as atividades de produção animal e conservação das espécies. O objetivo do presente estudo foi desenvolver um protocolo de espermiação induzida em rã-touro, seguido de criopreservação seminal. Três experimentos foram conduzidos na Universidade Federal de Viçosa e Universidade Federal de Lavras, estado de Minas Gerais. O primeiro experimento avaliou-se a indução da espermiação com extrato bruto hipofisário (EBH – 5000 μg/kg), acetato de buserelina (AB – 13 μg/kg), acetato de gonadorelina (AG – 83 μg/kg) e gonadotropina coriônica humana (hCG – 830 UI/kg). Trinta machos de rã-touro foram induzidos com esses hormônios e o sêmen coletado por 12 horas. Parâmetros espermáticos (motilidade, volume, cor, vigor, odor, concentração) foram observados para se obter o melhor hormônio indutor. No segundo experimento a influência do período após indução sobre as características seminais foi avaliada. Outro grupo de machos (n=30) foi induzido com o melhor hormônio obtido do experimento anterior e amostras foram coletadas em duas, quatro, seis, oito, dez e dose horas após a primeira aplicação. No terceiro experimento a toxicidade e a criopreservação com crio-soluções compostas por DMSO (1,0; 2,5; 5,0; 7,5%) e metanol (1,0; 2,5; 5,0; 7,5%) como crioprotetores internos e Lactose e BTS a 1 e 5% foram avaliadas respectivamente. O sêmen foi diluído nas criosoluções e a motilidade espermática, vigor e duração do tempo (n=11) foram avaliados. O sêmen foi congelado utilizando-se as mesmas soluções crioprotetoras e os parâmetros seminais pósdescongelamento, também, foram observados. Os dados foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis e submetidos à análise de variância e de regressão (P<0.05). Somente o AG e AB induziram a espermiação, onde 100% e 20% dos machos liberaram sêmen, respectivamente. O período após indução afetou o volume (y = 0,1084x + 1,1527; R2 = 0,37) e não afetou os outros parâmetros. A motilidade espemática foi afetada pelo metanol (92,1 8,0%) ou DMSO (89,0 3,0%), embora o vigor (4,2 0,1 e 3,6 0,5) e a duração da motilidade (287 10s and 252 23s), mostraram efeito significativo. O metanol associado ao BTS 5% e lactose 1% influenciou o parâmetro motilidade. A motilidade pós- descongelamento indicou que nenhuma das soluções mantivera a motilidade espermática. A extração seminal pode ser realizada com o acetato de gonadorelina até 10 horas após a primeira aplicação.

ASSUNTO(S)

indução hormonal conservacao das especies animais criopreservação seminal motilidade rã-touro hormonal induction sperm cryopreservation motility bullfrog

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