Co-digestÃo de resÃduos de incubatÃrio de aves e Ãguas residuÃrias agroindustriais / Co-digestion of poultry hatchery residues and agroindustrial waste water

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/02/2011

RESUMO

O crescimento do setor avÃcola, tanto para atendimento ao mercado interno como para exportaÃÃo, tem movimentado o agronegÃcio brasileiro. A cadeia produtiva do frango de corte gera uma variedade e quantidade considerÃvel de resÃduos com as mais distintas caracterÃsticas. No caso dos resÃduos de incubatÃrio, tem-se um volume considerÃvel de material produzido, com grande potencial poluidor. Considerando a problemÃtica este projeto teve por objetivo o estudo da viabilidade de aproveitamento dos resÃduos de incubatÃrio por meio da co-digestÃo anaerÃbia. Para o ensaio de co-digestÃo foi utilizada uma bateria de 20 biodigestores, confeccionados com tubos de PVC, com capacidade para aproximadamente 60L cada, simulando um biodigestor tubular horizontal. Os resÃduos foram cedidos pela Cooperativa Agroindustrial Consolata â Copacol e sÃo provenientes das unidades de CafelÃndia â PR (Abate de aves), Nova Aurora â PR (IncubatÃrio de Aves) e Formosa â PR (Unidade Produtora de LeitÃes â UPL). Cinco misturas foram avaliadas, sendo elas: Tratamento 1: ResÃduo de incubatÃrio drenado + Ãgua do tanque de equalizaÃÃo da agroindÃstria. Tratamento 2: ResÃduo de incubatÃrio drenado + Ãgua da primeira lagoa anaerÃbia da agroindÃstria. Tratamento 3: ResÃduo de incubatÃrio fresco + Ãgua da primeira lagoa anaerÃbia do incubatÃrio. Tratamento 4: ResÃduo de incubatÃrio fresco + Ãgua residuÃria da suinocultura. Tratamento 5 (Misto): ResÃduos de incubatÃrio fresco + Ãgua da primeira lagoa anaerÃbia do incubatÃrio + Ãgua residuÃria da suinocultura. Cada mistura compÃs um tratamento, o qual foi repetido quatro vezes. Todas as misturas foram processadas em liquidificador. As diferentes misturas foram calculadas de maneira a obter um substrato com 4% de sÃlidos totais no inÃcio do processo - fase batelada, e com 2% de sÃlidos totais para fase contÃnua. AlÃm dos materiais avaliados, todos os tratamentos receberam uma porcentagem de 15% de inÃculo (resÃduo de gado de corte) na fase batelada e fase de adaptaÃÃo do sistema na alimentaÃÃo contÃnua. Primeiramente foi realizado o ensaio em batelada, o que possibilitou definir o ponto de queima do biogÃs nos diferentes tratamentos, bem como a curva de produÃÃo de gÃs, definindo assim, o tempo de retenÃÃo hidrÃulica (TRH) do substrato nos biodigestores. Para a fase contÃnua os biodigestores foram descarregados no final da fase batelada onde o efluente foi peneirado. ApÃs a fraÃÃo lÃquida foi novamente disposta nos biodigestores. A partir desta fase iniciouse o abastecimento continuo onde durante um mÃs os biodigestores alÃm de sua carga diÃria tambÃm receberam uma porcentagem de inÃculo para que houvesse uma adaptaÃÃo do sistema. As anÃlises de caracterizaÃÃo foram realizadas no afluente e efluente dos biodigestores na fase batelada, nos resÃduos separadamente, no afluente e efluente da fase contÃnua como tambÃm no resÃduo retido no biodigestor apÃs fase de abastecimento contÃnuo. Foram utilizadas metodologias especÃficas para as anÃlises, tais como: ST, SV, carbono orgÃnico total, nitrogÃnio (NTK), minerais, pH, condutividade elÃtrica, DQO, bem como o potencial mÃdio de produÃÃo de biogÃs e metano, porcentagem de metano e diÃxido de carbono no mesmo. T4 apresentou os melhores desempenhos em produÃÃo de biogÃs. Maiores porcentagens de CH4 na fase batelada foram apresentadas pelo tratamento T2. Para fase contÃnua as maiores porcentagens foram apresentadas pelos tratamentos T2, T4 e T5. A maior reduÃÃo nos valores de DQO foi observada no tratamento contendo Ãgua residuÃria da lagoa anaerÃbia do frigorifico - T2. A concentraÃÃo de minerais no efluente dos biodigestores, para todos os tratamentos, agregou ao biofertilizante valor agronÃmico.

ASSUNTO(S)

biofertilizante patÃgenos agribusiness biogas biofertilizer methane reduction of cod engenharia agricola agroindÃstria â Ãguas residuÃrias biogÃs

Documentos Relacionados