Clonostachys rosea in the biological control and integrated management of strawberry gray mold / Clonostachys rosea no controle biológico e manejo integrado do mofo cinzento do morangueiro

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O mofo cinzento, causado por Botrytis cinerea (Bc) é uma das principais doenças do morangueiro. Considerando a dificuldade de controle da doença, avaliou-se o potencial de Clonostachys rosea (Cr) no controle biológico e no manejo integrado da doença, em experimentos de campo, em 2006 e 2007. Comparou-se a eficiência de quatro isolados de Cr (com uma ou duas aplicações semanais) à aplicação de fungicidas (procymidone alternado semanalmente com captan). Da aplicação à colheita, avaliaramse: colonização foliar por Cr (AFC), número médio de conidióforos de Bc em folhas (NMC), incidência do mofo cinzento em flores (IFlor) e em frutos (IFruto), incidência de infecções latentes em frutos (IL) e produção (Prod). A aplicação de Cr duas vezes por semana resultou em maior AFC (16,97%), menor NMC (10,28; 78,22 na testemunha, com aplicação de água), menor IFlor (10,02%; 50,55% na testemunha) e menor Ifruto (5,95; 25,10% na testemunha). A Prod variou entre 3490 e 3750 g/parcela com a aplicação de Cr duas vezes por semana e entre 1740 e 1910 g/parcela na testemunha. A IL foi maior na testemunha (20%) e inferior a 10% nos demais tratamentos. A aplicação de Cr foi mais eficiente que a de fungicidas no controle do mofo cinzento. Em programas de manejo da doença, deve-se priorizar maior número de aplicações de Cr, visto os melhores resultados obtidos com a aplicação do antagonista duas vezes por semana. Estudou-se a integração do controle biológico (CR) por Cr, aplicação de fungicidas (AF) e remoção de restos de cultura (ER) no manejo do mofo cinzento. Em ambos os anos, AFC foi maior nas parcelas sem AF. Maiores reduções do NMC ocorreram com CR (92,01%), CR + ER (94,8%) e CR + ER + AF (96,62%). Maiores reduções na IFlor foram com CR (68,48%), CR + AF (67,82%), CR + ER (77,58%) e CR + ER + AF (86,54). Maiores reduções da IFruto foram com AF + ER (69,20%), CR (65,33%), CR + ER (76,47%) e CR + ER + AF (83,64%). Houve maiores incrementos da Prod com CR (75,15%), CR + AF (78,39%), CR + ER (79,83%) e CR + ER + AF (103,14%). A medida mais eficiente no manejo de Bc foi o controle biológico, cuja associação às outras medidas levou ao aumento da eficiência de controle. Assim, o controle biológico por Cr é estratégia chave no manejo do mofo cinzento do morangueiro. Estudaram-se, também, os gradientes de dispersão de Cr e Bc, em experimentos independentes. Para Cr, a fonte de inóculo constituía-se de grãos de trigo colonizados e moídos e, para Bc, de frutos e hastes de morangueiros com esporulação. Em cada experimento, depositou-se a fonte no centro de parcelas (10 e 20 m de comprimento para Cr e Bc, respectivamente) e semanalmente até a colheita realizaram- se as amostragens a cada 30 cm de distânca da fonte, nos sentidos predominante e contrário do vento. Para, Cr, quantificou-se a AFC. As distâncias máximas alcançadas por Cr foram 45 e 105 cm, nos sentidos contrário e do vento, respectivamente. Para Bc, avaliaram-se o NMC, IFlor e IFruto. Em todas as avaliações, maiores valores de NMC, IFlor e IFruto ocorreram próximo à fonte. Na última avaliação (104 dias do plantio), detectaram-se folhas, flores e frutos doentes até 975 cm da fonte. Houve tendência de achatamento do gradiente em flores e frutos, mas não em folhas. Não houve efeito pronunciado do vento na dispersão de Bc. Os restos de cultura foram importantes para as epidemias do mofo cinzento do morangueiro e o antagonista Cr teve baixa capacidade de dispersão em cultivos de morangueiro.

ASSUNTO(S)

controle biológico morango strawberry fitopatologia clonostachys rosea biological control clonostachys rosea

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