CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA E CARACTERIZAÇÃO PATOTÍPICA DE ISOLADOS DE Escherichia coli PATOGÊNICOS E COMENSAIS DE SUÍNOS DA REGIÃO SUL DO BRASIL / PHYLOGENETIC CLASSIFICATION AND PATHOTYPE CHARACTERIZATION OF PATHOGENIC AND COMMENSAL Escherichia coli ISOLATED OF SWINE FROM SOUTHERN BRAZIL

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O presente estudo tem por objetivo avaliar a presença de diferentes fatores de virulência em isolados de Escherichia coli intestinais e extra-intestinais provenientes de suínos da região sul do Brasil pela PCR multiplex (mPCR) e classificá-los nos grupos filogenéticos A, B1, B2 e D pela detecção de três marcadores de patogenicidade: chuA, yjaA e um fragmento anônimo de DNA designado TSPE4.C2. Foram analisadas 152 amostras de diferentes origens: urina (70), fezes (35), intestino delgado (35) e tecidos (12). A mPCR foi realizada para a patotipificação dos isolados e uma PCR com os marcadores acima citados, para a classificação dos grupos filogenéticos. Setenta e sete (51%) isolados testados pela mPCR apresentaram-se positivos para ao menos algum fator de virulência, enquanto a caracterização filogenética dos isolados revelou 21 (14%) isolados no grupo A, 65 (42%) em B1, 19 (13%) em B2 e 47 (31%) no grupo D. Quatorze (20%) isolados de urina foram caracterizados como UPEC; nove (12,8%) apresentaram fatores de UPEC e ETEC simultaneamente e quatro (5,8%) foram classificados como ETEC. Na classificação filogenética, os grupos de maior ocorrência foram D (45,8%) e B1 (32,8%). Das amostras de fezes analisadas, 25 (71,4%) demonstraram fatores de virulência característicos do patotipo ETEC. Filogeneticamente, o grupo de maior ocorrência foi o B1 com 21 (60%) amostras, seguido de B2 com seis (17,2%), grupo A com cinco (14,2%) e grupo D com três (8,6%) isolados. Para as amostras de intestino delgado, 20 (57,2%) foram caracterizadas como ETEC. Pela filogenia, 23 (65,6%) isolados classificaram-se nos grupos A ou B1, sendo 51,4% deles neste último e seis (17,2%) foram alocados em iguais proporções nos grupos B2 ou D. Seis isolados de tecidos (50%) foram qualificados como ETEC. Em relação à classificação filogenética, seis (50%) amostras alocaram-se no grupo D, seguidas dos grupos A e B1, com três (25%) amostras em cada grupo. Para os isolados testados, a técnica de análise de filogenia mostrou-se eficiente, podendo ser incluída na rotina laboratorial para levantamento epidemiológico de amostras intestinais e extra-intestinais suínas, permitindo diferenciar assim, isolados patogênicos e não patogênicos, bem como auxiliar na seleção de cepas para confecção de vacinas.

ASSUNTO(S)

filogenia pathotypification e. coli. e. coli. medicina veterinaria patotipificação phylogeny

Documentos Relacionados