Ciclosporina A e tacrolimus: uma revisão

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: Monitorização terapêutica de imunossupressores ciclosporina A (CsA) e tacrolimus (FK506) é indispensável para manter níveis estáveis das drogas, evitando para o transplantado a perda do enxerto, no caso de baixas doses, ou a toxicidade, em altas doses, permitindo ajustes individuais. HISTÓRICO: Na década de 80, foi introduzida a utilização dos potentes imunossupressores CsA e FK506, revolucionando o transplante de órgãos com a diminuição da rejeição. MECANISMO DE AÇÃO: A CsA e o FK506 são inibidores da transcrição do primeiro sinal para ativação dos linfócitos T, apresentando estruturas químicas diferentes, mas mecanismos semelhantes. TOXICIDADE: Os principais efeitos relacionados à dose da CsA e do FK506 são a nefro e a neurotoxicidade. Estudos apontam o FK506 como droga alternativa à utilização da CsA porque aquele demonstrou menor nefrotoxicidade e uma reversibilidade dos efeitos neurotóxicos diante da redução da dose. METODOLOGIA ANALÍTICA: Na monitorização de rotina para a CsA, os imunoensaios, radioimunoensaio (RIA) e imunoensaio monoclonal com fluorescência polarizada (FPIAm) ocuparam o lugar da cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), detecção ultravioleta (UV). O método de referência para o FK506 é a CLAE com detecção por espectrometria de massa (LC/MS). Porém, metodologias como ensaio imunoenzimático de micropartículas (MEIA) ou enzyme linked imunosorbent assay (ELISA) têm sido utilizadas na rotina laboratorial. CONCLUSÃO: Parece existir uma tendência para a substituição terapêutica da CsA pelo FK506 no tratamento imunossupressor, porém ainda não se estabeleceu consenso nessa conduta. A metodologia analítica para a análise da CsA encontra-se bem estabelecida; para o FK506, estudos ainda são necessários.

ASSUNTO(S)

imunossupressores monitorização terapêutica ciclosporina a tacrolimus toxicidade

Documentos Relacionados